Representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e da Universidade de Brasília se reuniram na manhã desta terça-feira (26) no prédio da Reitoria. No centro das discussões esteve a efetivação de uma parceria para melhorar a gestão do acervo documental do CNE.
Único depositário de legislação sobre educação no Brasil, o arquivo sediado na 607 Sul está em estado precário, segundo o presidente do Conselho, Gilberto Gonçalves Garcia. A escassez de recursos físicos, materiais e humanos tem contribuído para a fragilização dos processos de guarda e conservação do acervo.
Professora da Faculdade de Ciência da Informação, Elmira Simeão visitou o local e constatou a relevância dos documentos armazenados. “São materiais historicamente ricos, há registros de importantes discursos de personalidades brasileiras. A organização e a coleção são bem feitas, porém, não há um catálogo de informações, o que é um problema. A dimensão do que existe está apenas na cabeça das pessoas que lá trabalham”, avalia.
Gilberto Garcia considera inaceitável que a guarda destes elementos do patrimônio nacional permaneça sendo feita de maneira inadequada. “Há uma grande demanda por essas informações por parte de pesquisadores, estudantes e outros setores da sociedade. Mas, no momento, não temos condições de garantir um acesso seguro ao acervo”, lamenta.
Na reunião, o reitor Ivan Camargo assinou um ofício que formaliza as intenções entre CNE e UnB. Por meio de docentes e pesquisadores, a Universidade pretende contribuir com orientações estratégicas ao Conselho. A elaboração conjunta de um diagnóstico dos procedimentos a serem tomados também está em pauta. A partir de então, o CNE poderá traçar um plano de ação a ser apresentado ao MEC.
No encerramento do encontro, Gilberto Garcia agradeceu à Universidade pelo apoio. O secretário-executivo do CNE, Rodrigo Lamego, ouviu das docentes da Faculdade de Ciência da Informação orientações sobre procedimentos emergenciais para manutenção do arquivo. Por ora, o acervo permanecerá fechado.