O Conselho Diretor da Fundação Universidade de Brasília aprovou, na última segunda-feira (29), redução nas taxas de ocupação de moradias funcionais da instituição. Pesquisa imobiliária encomendada pela FUB atualizou os valores de referência de mercado. O índice é utilizado como base para definição dos preços pagos pelos inquilinos.
A partir de março de 2016, as taxas de imóveis da Colina terão cerca de 2% de redução. Para os apartamentos das Superquadras 205 e 206 Norte, a diminuição fica em torno de 18% e 24%, respectivamente. A informação é da Secretaria de Gestão Patrimonial (SGP).
O reitor Ivan Camargo declarou-se satisfeito pelo atendimento à demanda de revisão dos valores e indicou que próximas atualizações podem ocorrer de maneira ainda mais dinâmica.
“A aprovação da redução é um passo importante em nossa política de moradia. Entendemos que, enquanto o mercado for volátil, é interessante que os valores sejam atualizados com periodicidade menor do que a trienal, que hoje é adotada”, diz o gestor.
COMO FUNCIONA – Antes da atual gestão, as taxas de imóveis funcionais passaram quase dez anos sem reajuste. A partir de 2013, em resposta a demandas de órgãos de controle, a FUB passou a monitorar a situação. Observou-se então que, em muitos casos, os valores cobrados eram apenas simbólicos.
“A ideia da moradia funcional é atrair e fixar professores e técnicos da Universidade de Brasília. Entretanto, é necessário haver uma política que permita dinamizar o processo, dando oportunidade a todos”, avalia a vice-reitora Sônia Báo.
Para incentivar a rotatividade dos imóveis, o Conselho Diretor da FUB instituiu, em julho de 2014, a taxa de 50% do valor de mercado como referência para o pagamento dos aluguéis aos moradores já instalados. A cada ano, esse percentual sobe 5%, até que se chegue à totalidade do valor de mercado.
Para novos ocupantes, a taxa corresponde a 60% da avaliação durante os primeiros cinco anos. Entre o início do sexto e o fim do 14º ano de ocupação, a taxa passa para 80%. A partir do 15º ano, o valor chega aos 100% da referência de mercado.
CONSEQUÊNCIAS – A assessora da SGP, Mariana Guerra, recorda que, em 2014, quando passou a vigorar a nova política de moradia da UnB, vários desdobramentos foram observados, desde pedidos de revisão das taxas até a desocupação de imóveis. “Entendemos que as pessoas tiveram seus orçamentos familiares impactados, mas é preciso ajustar-se às novas regras, que visam ao cumprimento da legalidade dentro da instituição”, afirma.
A vice-reitora, Sônia Báo, enfatiza a importância de que servidores e professores interpretem a moradia funcional como instrumento de incentivo ao planejamento financeiro. “O ideal é que considerem sempre a possibilidade de adquirir um imóvel. Mesmo com as dificuldades econômicas atuais, se você não está pagando o preço de mercado, é possível poupar recursos para que, quando a aposentadoria chegar, não seja necessário continuar pagando aluguel”, opina.
INGRESSO – A rotatividade dos apartamentos é requisito para o pleno funcionamento da moradia funcional. A lista de espera é grande, as vagas são limitadas e não há previsão de que a UnB modifique seu quantitativo de edificações funcionais nos próximos anos. Segundo Sônia Báo, o número de imóveis geridos pela Universidade está no limite do que é possível administrar.
Para candidatar-se a ocupar um dos imóveis funcionais da UnB, é necessário ser servidor ativo da FUB e não possuir imóvel residencial edificado no Distrito Federal. Outras disposições, bem como informações sobre ordem de classificação nas listas, podem ser obtidas na SGP, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones 3107 0283/0286.