COMUNIDADE

Documento assinado por mais de 500 professores, estudantes e técnicos reitera apoio à gestão da professora Márcia Abrahão

 

Um ato público com a presença de docentes, técnicos administrativos e estudantes da Universidade de Brasília marcou, nesta sexta-feira (27), a entrega, à administração superior da instituição, do Manifesto de apoio à Reitoria da UnB e em defesa do ensino público superior brasileiro.

O texto, com 534 assinaturas até o momento, traz um posicionamento a favor das “medidas adotadas pela reitora Márcia Abrahão e sua equipe de gestão para tentar reverter o quadro de crise que assola a UnB e o ensino público superior brasileiro”. A carta entregue à reitora e ao vice-reitor foi lida publicamente pela diretora da Faculdade de Educação, Lívia Freitas.

O documento menciona a situação das instituições públicas federais de ensino perante o atual cenário político e econômico do país e reconhece que “a atual gestão tem se mostrado aberta ao diálogo, tem convidado a comunidade acadêmica para plenárias sobre a situação da crise financeira da UnB, não se recusa a receber as entidades representativas dos três segmentos”.

A reitora Márcia Abrahão exaltou a manifestação da comunidade: “Este momento mostra a força da UnB e exalta a competência da instituição em ultrapassar os inúmeros desafios, de natureza política ou econômica, que vivenciamos historicamente”.

A gestora também pediu que a comunidade universitária se mantenha unida, em vigília, e lamentou a reação violenta da polícia militar ao ato organizado por alunos e representações sindicais nesta quinta-feira (26), no Ministério da Educação.

INICIATIVA ESPONTÂNEA – Na visão do estudante Leonardo Matheus, da História, o documento é uma manifestação espontânea de segmentos diversos em busca de “coesão e diálogo para que a luta em defesa da universidade pública e contra os cortes orçamentários alcance cada sala de aula, cada professor, cada espaço”.

A professora Adriana Amado, do Departamento de Economia, considera que, além de dar visibilidade à situação financeira atual das universidades, o manifesto é uma contribuição para se construir “unidade interna e se buscar ações alternativas para solucionar a crise”.

REITORIA – Além da manifestação de apoio, o documento pede a liberação do prédio da Reitoria, ocupado por estudantes desde o último dia 12, a fim de que “o diálogo entre os três segmentos da UnB possa ser fortalecido por meio de suas entidades representativas, e para que a reitora Márcia Abrahão e sua equipe possam dar continuidade às diversas frentes de ação em defesa da UnB”.

Durante o ato, representantes do movimento de ocupação da Reitoria – que não quiseram ser identificados – argumentaram que a posição deles não é contra a administração, e, sim, contra a forma como os cortes estão sendo feitos dentro da Universidade. Eles também ressaltaram as pautas externas do movimento, reconhecendo que “o problema orçamentário é do Ministério da Educação”.

Os ocupantes admitiram que a reitoria realmente está aberta ao diálogo, mas reclamaram que as demandas relacionadas à demissão de terceirizados e estagiários não foram tocadas pela administração.

Em 23 de abril, a administração superior prorrogou a validade dos estágios por mais 30 dias. No dia seguinte, esteve em negociação com representantes de trabalhadores para avaliar a possibilidade de redução de valores em contratos de prestação de serviços.

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