INFRAESTRUTURA

Novo modelo busca agilizar planos, execução e acompanhamento de edificações nos campi

Foto: Emília Silberstein/UnB Agência

 

Com mais de 500 mil m² de área construída, a Universidade de Brasília é uma instituição de números superlativos. Seus mais de 45 mil estudantes regulares estão divididos em quatro campi, que dispõem de complexa estrutura para atividades de ensino, pesquisa e extensão. Atender melhor as crescentes demandas por novos espaços e coordenar projetos e obras em curso é a missão de diretorias recém-criadas: a de Gestão de Infraestrutura (DGI) e a de Obras (DOB).

 

Estabelecidas há nove meses, as duas unidades compõem uma rede administrativa voltada para aprimorar todas as etapas que envolvem construções, reformas e manutenções de edifícios.

 

A DGI coordena os trabalhos dessa rede, e a DOB participa do planejamento, da elaboração de editais de licitação e da fiscalização de obras. “Estamos implementando um sistema em que não há subordinação entre os integrantes, mas que estabelece atribuições bem definidas”, explica o engenheiro civil e doutor em engenharia de produção André Luiz Aquere, responsável pela DGI.

 

Além das novas diretorias, o sistema coordenado por André Luiz inclui o Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan), responsável pela elaboração de projetos, a Prefeitura dos Campi (PRC), que cuida da manutenção predial na universidade, e o Centro de Informática (CPD). “Esse tipo de organização já existe com sucesso em universidades federais como as do Rio Grande do Sul e do Rio Grande do Norte”, afirma o diretor, docente do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental há 28 anos.

Professor André Luiz defende mais agilidade nos processos de obras. Foto: Murilo Abreu/UnB Agência

 

O novo modelo traz um perfil técnico para a gestão de obras. As principais atividades da área passam a ser conduzidas por servidores da universidade. Um deles é o engenheiro Henrique Pires, diretor da DOB. “Conseguiremos mais agilidade em todos os processos que envolvem obras”, diz. “Temos um corpo técnico qualificado que passa a ser mais valorizado com essas mudanças”, avalia ele, servidor da UnB desde 1995.

 

DGI, DOB e Ceplan estão ligados ao Decanato de Administração e Finanças (DAF) e fazem parte do Comitê Gestor de Infraestrutura, presidido pela vice-reitora da UnB, Sônia Báo. O comitê também conta com representantes do DAF, da PRC, do CPD e do Decanato de Planejamento e Orçamento.

 

PRIMEIROS RESULTADOS – O trabalho das novas diretorias começa a surtir efeito. André Luiz Aquere cita as reformas do Instituto de Geociências e da Faculdade de Comunicação como intervenções bem executadas e que cumpriram cronogramas estabelecidos. “As duas obras não extrapolaram prazos contratuais como era comum acontecer”, diz. Finalizadas no primeiro semestre deste ano, as reformas custaram R$ 1,5 milhão. As vistorias de recebimento da restaurada Casa do Estudante também foram realizadas pela DOB.

 

A estimativa dos gestores é de que R$ 30 milhões sejam empenhados para obras nos campi este ano. Os investimentos incluem a consolidação do campus de Planaltina. Alojamentos, estação elevatória de esgoto e estacionamento já foram entregues.

 

Módulo de prática esportiva e prédio de laboratórios serão finalizados ainda este ano. Obras de acessibilidade no Instituto Central de Ciências e a construção de centro de convivência também estão previstas.

Ilustração: Marcelo Jatobá/UnB Agência
Ilustração: Marcelo Jatobá/UnB Agência

 

RECURSOS HUMANOS – O quadro de servidores proposto para atuar na DGI e na DOB é de 30 profissionais. Vagas para arquitetos, engenheiros civis, eletricistas, florestais e de produção foram solicitados ao Decanato de Gestão de Pessoas. Sete delas já foram atendidas. “Precisamos de uma estrutura adequada para especificar, fiscalizar e receber bem as obras contratadas”, diz André Luiz.

 

Segundo o diretor da DGI, a comunicação entre a universidade e empreiteiras vencedoras de licitações se dá apenas por meio de fiscais capacitados. A ideia é evitar alterações em obras após a aprovação dos projetos. “Outra de nossas diretrizes é só licitar obras com todos os projetos executivos em mãos”, afirma.

 

André Luiz ressalta o envolvimento institucional em favor do novo modelo de gestão de obras. “A participação do Ceplan, da Prefeitura, da Reitoria e também da Procuradoria Jurídica tem sido fundamental para conseguirmos a estrutura necessária para sermos mais eficientes nessa área tão importante para a UnB”.

 

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