Um grupo de estudantes, liderado pelo Diretório Acadêmico das Engenharias, apresentou ao reitor, na última terça-feira (19), propostas para a melhoria da segurança na Faculdade do Gama (FGA). O encontro foi sugerido após uma série de ocorrências criminosas que intensificaram a sensação de insegurança no campus que conta com mais de 2,2 mil alunos.

Estiveram presentes na reunião, além dos representantes dos estudantes, o reitor Ivan Camargo, a vice-reitora Sônia Báo, o diretor da FGA, Alessandro Borges, o diretor de Gestão de Infraestrutura, André Aquere, e a decana de Assuntos Comunitários, Thérèse Hofmann.

Dentre os pedidos e sugestões dos alunos, encontram-se o cercamento da FGA, melhorias na iluminação do estacionamento, aumento das rondas, implantação de policiamento ciclístico, palestras com especialistas em segurança, postes de emergência e a demarcação de um ponto de encontro na frente do campus.

David Dobkowski, presidente do Diretório Acadêmico, apresentou as demandas da reunião do dia anterior, que contou com a presença de 310 alunos da Faculdade e do próprio reitor.

Concordando com muitas das propostas encaminhadas e ao ouvir o relato de um dos estudantes que teve o carro furtado, o reitor defendeu: “Não podemos achar isso normal, temos mesmo que mostrar nossa indignação”.

Alguns dos pedidos foram atendidos antes mesmo do começo da reunião. Momentos antes, o reitor assinou a autorização para que o edital do processo licitatório da cerca seja publicado. Ele também fez o pedido de quatro bicicletas para a Finatec e comprometeu-se a entrar em contato com o batalhão próximo à FGA para implantar o policiamento com bicicletas, caso consiga.

Além dessas ações, o gestor solicitou o deslocamento de um dos carros de segurança da empresa terceirizada (Life) — que faz a ronda no Darcy Ribeiro — para o campus do Gama. “Também iremos tentar fazer um projeto piloto dos totens [dispositivos] de emergência”, disse.

Outra resposta já encaminhada pela administração foi o pedido de corte da vegetação que circula a área do campus. “Já liguei algumas vezes para a presidente do Ibram [Instituto Brasília Ambiental] e me reuni com o governador, mas ainda não tivemos êxito”, explicou o reitor.

“Após a reunião com o DER [Departamento de Estradas e Rodagem] tenho um encontro no Ibram para tratar dessa questão mais uma vez”, afirmou a vice-reitora. “A área contígua ao campus envolve lugares em que não se pode mexer para não haver desequilíbrio do ecossistema e por isso é uma questão demorada”, finalizou.