Estudos demonstram que 55% das quedas de idosos estão relacionadas a alterações na forma de andar e 32% com alterações no equilíbrio. A pesquisadora da Faculdade de Ciências da Saúde Juliana de Almeida tem o objetivo de verificar quais treinamentos físicos os idosos podem fazer para se adaptar a essas mudanças.
“Embora o risco de quedas e os sérios resultados causados por lesões aumentem com a idade, envelhecer não é sinônimo de incapacidade e dependência. Muitos problemas estão associados a doenças crônicas e, quando o idoso se envolve com exercícios físicos, muitas delas podem ser prevenidas ou retardadas”, explica a doutoranda Juliana de Almeida.
O projeto Circuito de Equilíbrio na Marcha, prevenção de quedas e qualidade de vida de idosos, foi desenvolvido por Juliana em parceira com o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos (Gepafi). Durante 12 semanas, serão avaliados os efeitos de diferentes tipos de treinamentos na população idosa.
A Faculdade de Educação Física desenvolveu o Circuito de Equilíbrio pelo qual os idosos voluntários passarão no decorrer da pesquisa. “A atividade deve oferecer benefícios nas habilidades motoras e sensoriais para melhor controle postural e, consequentemente, para prevenção de quedas”, conta Juliana.
Atualmente, a queda é considerada o maior problema de saúde pública para a população da terceira idade pelo custo do tratamento e pelo impacto na qualidade de vida de quem sofre o acidente.
A professora Marisete Safons, coordenadora do Gepafi, explica que exercícios físicos são importantes, não só para a prevenção, mas também para recuperação de um acidentado. “À medida que você treina suas capacidades físicas e funcionais, o seu organismo se fortalece, superando mais facilmente situações de fragilidade.”
Além do circuito, os idosos também realizarão medidas de peso e altura, questionários e testes físicos seguros e não invasivos. As atividades terão início em abril e serão realizadas na Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, duas vezes por semana, com duração aproximada de 1 hora.
Todos os procedimentos serão supervisionados por uma equipe devidamente capacitada. Para a aplicação da pesquisa, o projeto precisa de, no mínimo, 60 idosos que queiram se voluntariar.
SERVIÇO
Para se voluntariar à pesquisa
Contato: Juliana de Almeida - (61) 8168-0232 (atendimento das 9h às 17h)