PARCERIA

Abílio Baeta Neves indicou que internacionalização de universidades será prioridade no órgão. Além do encontro com coordenadores de pós-graduação e docentes, o gestor também se reuniu com a reitora Márcia Abrahão

 Abílio Baeta Neves, presidente da Capes, com as decanas de Pós-Graduação (D) e de Pesquisa e Inovação. Foto: Júlio Minasi/SecomUnB

 

Internacionalização das universidades e recuperação da capacidade de investir no sistema nacional de pós-graduação foram temas prioritários apresentados pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Abílio Baeta Neves, em encontro com coordenadores de cursos de pós-graduação, professores e pesquisadores da Universidade de Brasília, no auditório 3 da Faculdade de Ciências da Saúde, nesta quarta-feira (15).

 

“A Capes começa a retomar a sua capacidade de apoiar o sistema nacional de pós-graduação. Nossa perspectiva é que não teremos turbulência orçamentária esse ano, muito pelo contrário, avaliamos buscar suplementação para ampliar programas e eventualmente lançar alguma novidade no segundo semestre”, afirmou Neves. Outra novidade refere-se às prioridades de ação da Capes. “Estamos formatando um programa mais ousado de apoio à internacionalização das universidades. Nosso esforço principal será o de provocar e convencer as instituições de ensino superior para que construam estratégias consistentes de internacionalização com metas de médio e longo prazo. Nós queremos apoiar esse processo", disse.

 

De acordo com o dirigente, a internacionalização é uma medida importante para equilibrar qualidade e quantidade da pesquisa realizada no país. "Por um lado, nosso sistema de pós-graduação cresceu muito nos últimos dez anos, formando cada vez mais mestres e doutores, que têm sido responsáveis pelo aumento significativo da produção científica e tecnológica nacional. Por outro lado, essa produção científica poderia ser maior e de melhor qualidade. Ao compararmos o Brasil com alguns países cujos sistemas de pós-graduação são menores em tamanho e em volume de investimento, verificamos que estamos abaixo quando o referencial é impacto dos artigos produzidos", destacou Abílio Neves.

 

O presidente da Capes informou que, dentro de algumas semanas, a Coordenação publicará uma consulta às universidades sobre o tema para, então, formatar um programa de apoio. “Há projetos que gostaríamos de começar ano que vem e para isso pretendemos buscar mais recurso do que temos à disposição hoje. Isso significa que a internacionalização ganha proeminência nos esforços da Capes”, sustentou.

 

FOMENTO – De acordo com Abílio Neves, apesar da redução significativa do orçamento do órgão em relação aos anos anteriores, o corte não impactou diretamente os programas tradicionais da Capes. Isso porque quase a totalidade da verba suprimida tinha como destinação exclusiva o programa Ciência sem Fronteiras. Em 2016, o volume de recurso da Capes foi de quase R$ 6 bilhões, sendo que R$ 1,8 bilhão teve como destinação o programa – o que representa 30% da conta. Já no presente exercício, o orçamento da instituição foi de quase R$ 4 bilhões, mas apenas R$ 200 milhões foram comprometidos com o Ciência sem Fronteiras.

 

Abílio Neves ressaltou a importância da execução plena do orçamento da Capes, uma vez que, a partir da Emenda Constitucional que instituiu o teto dos gastos públicos, a referência para o orçamento dos anos seguintes passou a ser a execução orçamentária do ano anterior. “No ano passado, conseguimos executar mais de 99% da verba, quase chegamos a execução plena. Isso foi possível, de um lado, pelo esforço da Capes e, na outra ponta, pelo trabalho das universidade em realizar os programas e efetivamente alocar os recursos recebidos. Essa passa a ser uma preocupação central do órgão”, ressaltou. 

Durante o encontro, docentes tiveram oportunidade de expor dúvidas e sugestões ao presidente da Capes. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

PARCERIA – O encontro foi uma iniciativa do Decanato de Pós-Graduação (DPG) para que o presidente da Capes apresentasse o panorama atual e as perspectivas para a pós-graduação no país aos coordenadores de cursos de pós-graduação, docentes e pesquisadores da Universidade de Brasília. Em sua visita à Universidade, Abílio Neves também se reuniu com a reitora Márcia Abrahão e com as decanas de Pós-Graduação, Helena Eri Shimizu, e de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Machado Telles Walter.

 

“Estamos fazendo um esforço grande para aproximar a Universidade das agências de fomento e, por meio desse encontro, buscamos dialogar mais de perto com a Capes, já que o apoio dessa agência é fundamental para a UnB”, afirmou a decana do DPG, Helena Eri Shimizu.


A decana lembrou que, como parte desse esse esforço de estreitar os laços com os órgãos de fomento e fortalecer a pós-graduação, a Universidade recebeu em janeiro a visita da diretora de Avaliação da Capes, Rita Barata, que na ocasião falou sobre mudanças na avaliação de cursos de pós-graduação.

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