Pesquisas sobre tecnologias aeroespaciais e estudos que possam ajudar na configuração de uma rede de informações sobre o Atlântico estão no radar do governo português. Em visita à reitora Márcia Abrahão, nesta quinta-feira (21), o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, apresentou essas duas áreas como estratégicas para o país europeu e sinalizou interesse em fortalecer a parceria com a Universidade de Brasília.
“Temos convênios com pesquisadores da região Sudeste, de Santa Catarina e do Ceará, mas ainda precisamos crescer no Centro-Oeste”, disse Heitor, lembrando que a cooperação pode surgir sem intermédio do governo, apenas entre as universidades.
O ministro falou sobre a estruturação do Centro Internacional de Pesquisa do Atlântico (Air Centre), cujo objetivo é reunir pesquisadores que estudem aspectos oceânicos, atmosféricos, geológicos, além de mudanças climáticas. O setor aeroespacial também é uma prioridade: além da conversa com a reitora, Heitor esteve com representantes da Agência Espacial Brasileira nesta semana.
“Ficamos muito felizes em ver o interesse do governo português na UnB. Temos parcerias em muitas áreas, mas, até agora, nosso foco tem sido na área das Humanidades”, comentou Márcia Abrahão.
A decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter, propôs a realização de um workshop temático para iniciar o fortalecimento das relações com Portugal. “Estamos vivenciando um processo de internacionalização muito forte, temos todo interesse em alargar parcerias”, disse.
COREIA – No início desta semana, a reitora esteve com o embaixador da Coreia do Sul, Kim Chan-woo, também para falar sobre a ampliação das iniciativas de cooperação que já estão em andamento. O embaixador lembrou que seu país é o que mais recebe estudantes brasileiros na Ásia. “Minha missão é descobrir como compartilhar experiências em ciência, tecnologia e educação”, afirmou.
Nos últimos 10 anos, a UnB recebeu 42 alunos sul-coreanos e enviou 16 para o país asiático. “Gostaríamos de estreitar nossas relações, aprender mais sobre o sistema de educação sul-coreano, que tem impulsionado tanto o país”, comentou a reitora.