CONSULTA 2016

Com 53,34% dos votos válidos, os professores foram escolhidos pela comunidade acadêmica para os cargos de reitora e vice-reitor

 

Foto: Júlio Minasi

 

A Chapa 94 – Diálogo para Avançar, formada pelos professores Márcia Abrahão e Enrique Huelva, foi indicada pela comunidade acadêmica para a Reitoria da Universidade de Brasília, gestão 2016/2020. Com 53,34% dos votos válidos, os candidatos ficaram à frente de Ivan Camargo e Sônia Báo (35,19% dos votos) e Denise Bomtempo e José Manoel Sánchez (11,46%).

 

Na somatória geral, a chapa de Márcia Abrahão conquistou 8.398 dos votos válidos contra 5.853 de Ivan Camargo e 1.069 de Denise Bomtempo. Acesse os detalhes da votação.

 

Conheça o perfil dos escolhidos:

 

Márcia Abrahão – Docente da Universidade de Brasília desde 1995, Márcia Abrahão Moura será a primeira mulher a exercer o cargo de reitora efetiva na instituição. Possui graduação (1986), mestrado (1993) e doutorado (1998) em Geologia pela UnB, com período sanduíche na Université d'Orleans e BRGM, na França. É também pós-doutora (2003-2004) pela Queen’s University, no Canadá, na área. Além do ensino na graduação, acumula experiência como pesquisadora do CNPq e membro do Programa de Pós-Graduação em Geologia, um dos únicos na UnB com conceito 6 na avaliação da CAPES.

 

Natural do Rio de Janeiro (RJ), é mãe de dois filhos, Tomás Veiga e Renata Veiga, e casada desde 1988 com o servidor público Luiz Ferreira da Veiga. Mudou-se para Brasília em 1980 com os pais e o irmão para cursar o ensino médio. Sua trajetória está ligada à UnB desde 1982, quando decidiu ingressar no curso de Geologia, por orientação de uma de suas professoras, já que possuía muita afinidade com outra área do conhecimento relacionada: a Química.

 

Durante a graduação, despertou interesse pela pesquisa em Minerologia, área para a qual se dedicou ao longo de toda sua formação superior. Trabalha atualmente com pesquisas sobre granitos e mineralizações associadas e tem como uma de suas paixões o trabalho em laboratório.

 

Atuou na Petrobras como geofísica na capital carioca e na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Foi de volta à Brasília, ao deixar o cargo na estatal, que decidiu estreitar seus vínculos com a academia. Fez mestrado e doutorado na UnB, período em que ficou grávida de seus dois filhos. Anteriormente, foi analista no Banco Central por curto período. Ao se tornar professora da Universidade, além da experiência em sala de aula, teve contato com funções administrativas ao se tornar subchefe do Departamento de Mineralogia e Petrologia, coordenadora do curso de Geologia e coordenadora de extensão do Instituto de Geociências (IG).

 

Desde 2014, é diretora do IG, unidade na qual também exerceu a vice-direção. Foi decana de Ensino de Graduação, de 2008 a 2011, quando coordenou o Programa de Reestruturação Universitária (Reuni), processo de liberação de recursos para expansão acadêmica, de infraestrutura e dos campi da Universidade. No período, foram criados 36 cursos de graduação.

 

Entre as principais pautas de seu mandato como reitora estão implementar a flexibilização da jornada de trabalho para os servidores da UnB, o incentivo à capacitação, a ampliação das políticas de acolhimento e permanência, a modernização da infraestrutura e o estímulo à excelência no ensino e aprendizagem.

 

Márcia Abrahão considera como diferencial na atuação de um gestor a abertura ao diálogo e esforço conjunto para promoção de avanços na qualidade acadêmica. “A Universidade precisa de gestores que sejam bastante executivos, que procurem simplificar os processos, que saibam ouvir e que trabalhem com equipes multidisciplinares com base em mérito, de forma democrática”, afirma.

 

Enrique Huelva –  Linguista, professor e pesquisador, Enrique Huelva é diretor do Instituto de Letras desde fevereiro de 2014, após ter atuado como coordenador dos cursos noturnos de Graduação, chefe do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, vice-diretor do Instituto de Letras e coordenador do Núcleo de Recursos e Estudos Hispânicos. É, também, diretor-geral do Instituto Confúcio na UnB.

 

Desde 2002, ministra aulas no curso de graduação em Letras e no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada. Possui mestrado em Filologia Germânica, Filologia Hispânica e História e doutorado em Linguística pela Universidade de Bielefeld (Alemanha), onde atuou como professor de Filologia Hispânica entre 1997 e 2002.

 

Sua produção acadêmica está relacionada ao estudo do vínculo entre gramática e cognição, dos processos de gramaticalização (especialmente nas línguas românicas) e dos processos de ensino e aprendizagem de línguas.