COMUNIDADE

Recém-criada Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC) promove seminário em prevenção ao suicídio

Seminário organizado pela Dasu/DAC reuniu bom público no auditório do IB. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

Pelo quinto ano consecutivo, a abordagem estratégica da conscientização e da prevenção ao suicídio está presente no calendário brasileiro sob a bandeira do Setembro Amarelo. Neste âmbito, a Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC) promoveu, na última terça-feira (17), o seminário De setembro a setembro: fortalecendo redes de cuidado aos sentidos de vida na Universidade.

 

O evento aconteceu no auditório do Instituto de Ciências Biológicas (IB) e reuniu membros da comunidade universitária. Na oportunidade, a reitora Márcia Abrahão e gestores de unidades com afinidades ao assunto apresentaram medidas de atenção, apoio e acolhimento que estão em curso ou em desenvolvimento na instituição. Especialista em promoção de saúde mental, o decano de Assuntos Comunitários (DAC), Ileno Izídio da Costa, ministrou palestra sobre a questão do suicídio e as formas de encará-lo.

 

Psicólogo formado pela UnB, Ileno trouxe dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) acerca do suicídio. “Oitocentas mil pessoas cometem suicídio a cada ano em todo o mundo – uma a cada 40 segundos. No Brasil, 32 pessoas tiram suas vidas diariamente", expôs. Em sua fala, ele indicou os casos de vulnerabilidade psicossocial como processos naturais, que fazem parte da sociedade. 

Decano do DAC, Ileno Izídio ministrou palestra informativa sobre o suicídio. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

"O suicídio faz parte da condição humana. É visto como novidade no Brasil porque, há cinco anos, criou-se uma portaria de notificação do suicídio”, disse. "Entre 2011 e 2016, foram 62.834 casos, segundo notificações do Ministério da Saúde”, acrescentou. O decano ressaltou, entretanto, que por trás dos números crescentes, sempre há casos não notificados.

 

Ileno elegeu como ponto de atenção prioritário em relação ao assunto o esforço pela manutenção das boas relações entre indivíduos. “Eu só sei que estou aqui porque você está aqui e vice-versa. Nos perpetuamos nos outros, e o afeto é o que caracteriza a possibilidade de a vida existir na relação com o outro”, compartilhou. Para ele, abordar o tema do suicídio é importante pois abre portas para "lidarmos com o humano que somos e, evidentemente, tocar na questão de promoção à saúde".

 

Em relação a este último ponto, a reitora elogiou o trabalho desenvolvido pelo DAC, realizando mudanças importantes para o acolhimento dos estudantes, que vão desde a harmonia alcançada com a transferência do Serviço de Orientação (SOU) para a Dasu à participação dessa diretoria no desenvolvimento da Política Integrada da Vida Estudantil. Márcia mencionou durante o evento a criação de uma central de acolhimento ao estudante, serviço destinado a melhorar os canais de atendimento aos discentes.

 

“Muitas vezes a ansiedade surge devido à falta de informação. O estudante, às vezes, não sabe onde ele vai buscar apoio, seja sobre como utilizar o Restaurante Universitário ou sobre como ter acesso à assistência estudantil ou se ele pode ou não ser atendido no Caep”, exemplificou, indicando o que deve ser oferecido. 

Ladeada pelo decano Ileno Izídio e pela superintendente do HUB, Elza Noronha, reitora Márcia Abrahão elogiou reformulação do DAC. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

Presente no evento, o representante do Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (Caep), Mauro Dias Silva Júnior, parabenizou o espaço de debate aberto pelo evento. “É por meio de iniciativas coletivas e bem estruturadas como esta que podemos lidar com tema de forma eficaz, atendendo o sofrimento alheio em caráter humanizado”, manifestou.

 

Além da reitora Márcia Abrahão e do decano do DAC, participaram da mesa principal do seminário a diretora da Dasu, Larissa Polejack, a superintendente do Hospital Universitário (HUB), Elza Noronha, e a diretora de Acompanhamento e Integração Acadêmica (Daia/DEG), Lígia Maria Cantarino da Costa.

 

 

*estagiário de Jornalismo na Seocm/UnB.

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