No dia 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a Covid-19, doença causada pelo coronavírus (SARS-Cov2), é uma pandemia, ou seja, uma epidemia que se espalha por grandes territórios do planeta. Epidemias são doenças de caráter transitório, que atingem grande número de indivíduos. Esse processo passa por algumas fases.
Confira no infográfico abaixo as fases de uma epidemia, de acordo com Jonas Brant, professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde (FS) e membro do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 (COES) da UnB.
O Distrito Federal, atualmente, se encontra na fase de contenção, e é fundamental cumprir todas as medidas de distanciamento social para que se possa estender a duração desta fase ao longo do tempo, de forma a retardar a necessidade por leitos em hospitais, por exemplo. Nesta fase, é importante sair de casa o mínimo necessário, apenas para fazer compras de alimentos e medicamentos, evitando, assim, maiores contatos em espaços infectados pelo vírus.
De acordo com a infectologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Valéria Paes, os cuidados para evitar a transmissão do coronavírus devem ser mais rígidos do que os adotados contra o vírus influenza, por exemplo, o responsável pela gripe comum. “A gente está percebendo que a transmissão desse vírus é muito mais fácil do que a do vírus influenza, que a gente já tem todo ano, e ele tem um risco de gerar um quadro mais grave também.”
Entre as complicações apresentadas pela Covid-19, a principal é a falha do sistema respiratório, levando à necessidade, nos casos graves, de uso de aparelhos para ventilação mecânica.
Embora o distanciamento social seja a melhor forma de evitar a propagação da Covid-19, nem todas as pessoas estão afastadas do trabalho. Diante disso, Valéria Paes alerta que profissionais de qualquer área, incluindo medicina e enfermagem, devem se retirar do serviço caso apresentem qualquer sintoma respiratório, como espirros, tosse e febre.
Com o passar do tempo, caminharemos por todas as fases epidemiológicas, até chegar a fase de recuperação, onde a pesquisa, as universidades e a ciência vão continuar sendo indispensáveis para que se possa encontrar vacinas, tratamentos, e atuar caso apareçam novas epidemias, como é possível ver no vídeo produzido pela UnBTV com o especialista em virologia Bergmann Ribeiro, do Departamento de Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas (IB).
Especialista em virologia, professor Bergmann Ribeiro explica como a ciência e as universidades contribuem para cessar novos surtos de epidemias:
A CIÊNCIA EM AÇÃO – A UnB, por meio do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 (COES), com suporte da Sala de Situação da Faculdade de Ciências da Saúde (FS), da Faculdade de Medicina, dos institutos de Psicologia (IP) e de Ciências Biológicas (IB) e do HUB, além de representantes das principais unidades administrativas, tem trabalhado intensamente para monitorar, diariamente, dados, evidências e estudos científicos sobre a epidemia para atualizar a comunidade acadêmica com informações seguras
Formado por 22 especialistas em epidemiologia, virologia, infectologia e imunologia, servidores técnico-administrativos e discentes dos quatro campi, o comitê foi criado sob a presidência do Decano de Assuntos Comunitários (DAC), professor Ileno Izidio da Costa, em articulação com a Diretoria de Atenção à Saúde Comunitária (Dasu/DAC), sob direção da professora Larissa Polejack.
Além das ações voltadas à Universidade, o comitê tem atuado junto aos órgãos do Distrito Federal e do governo federal no entendimento do atual contexto da epidemia. Documentos, sites e recomendações de autoridades públicas e da Universidade sobre o assunto estão disponibilizados no portal da UnB. A comunidade acadêmica também pode buscar essas informações e orientações pelos e-mails da COES (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e da Sala de Situação da FS (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
Há também um canal tira-dúvidas com perguntas e respostas sobre as alterações de funcionamento da UnB durante o enfrentamento da crise.
A UnB foi uma das primeiras universidades no Brasil a se organizar para monitorar a epidemia. A Sala de Situação da FS acompanha o avanço do coronavírus desde dezembro de 2019, quando foram notificados os primeiros casos da doença, na China.
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