Os critérios para ser voluntário e participar dos testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Biotech foram ampliados. Agora, profissionais de saúde do Distrito Federal com mais de 60 anos ou que já tiveram o vírus da Covid-19, com ou sem sintomas, podem se inscrever no estudo. A mudança desses requisitos foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A meta no Distrito Federal é vacinar 852 pessoas. Até o momento, 700 profissionais de saúde já foram incluídos no estudo, que ainda conta com 150 vagas. Para participar, é preciso preencher formulário on-line, que funciona como uma plataforma de triagem, avaliando se o candidato cumpre os requisitos para o estudo.
Após o pré-cadastro, o interessado deve enviar um e-mail para o endereço informado. A equipe que integra a pesquisa entrará em contato com cada profissional para confirmar os dados e agendar o atendimento no Hospital Universitário de Brasília (HUB), onde são realizados os testes desde o dia 5 de agosto. O estudo é coordenado pelo Instituto Butantan e, no Distrito Federal, pela Universidade de Brasília.
O coordenador da pesquisa no DF, professor Gustavo Romero, afirma que os resultados obtidos até agora são bastante positivos. “Conforme dados divulgados recentemente pelo Instituto Butantan, a análise preliminar do estudo demonstrou resultados promissores em relação à segurança da vacina", explica o docente.
CRITÉRIOS
A pesquisa é direcionada para profissionais de saúde que cumpram os seguintes requisitos:
1. Ter mais de 18 anos
2. Trabalhar em serviço de saúde atendendo pessoas com covid-19
3. Ter registro no conselho profissional regional
4. Não apresentar doença crônica
5. Se mulher, não estar gestante
6. Não participar de outro ensaio clínico
Ao aceitar participar da pesquisa, o voluntário assina um termo de consentimento e se compromete a comparecer ao HUB periodicamente por um período de 12 meses para acompanhamento da saúde.
O voluntário aprovado receberá duas doses da vacina, com intervalo de 14 dias. Metade dos participantes recebe um placebo, que não tem efeito farmacológico, e a outra metade, o produto vacinal. A proposta é fazer a comparação entre os dois grupos.