Entre os 17 cursos da Universidade de Brasília avaliados no último ano no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), 15 receberam nota 5 – pontuação máxima – e dois, nota 4. Realizada a cada três anos, a avaliação é obtida por meio do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e divulgada pelo Instituto de Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC).
Resultados como este, obtidos em avaliações externas, ajudam a atestar a excelência da UnB. Uma das ferramentas que a Universidade usa para diagnosticar pontos que podem melhorar seus cursos de graduação é o relatório Perfil dos Estudantes.
Produzido em conjunto pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) e pelo Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), por meio de sua Diretoria de Avaliação e Informações Gerenciais (DAI), o relatório traz dados sobre alunos de cursos avaliados pelo Sinaes. Dados importantes para o planejamento pedagógico e estratégico dos cursos aparecem no documento, cujo objetivo é contextualizar informações e resultados da avaliação externa e viabilizar melhorias.
Dados como quantitativo de ex-alunos por gênero, faixa etária, raça/cor autodeclarada e de estudantes que se formam ou evadem, por exemplo, ajudam a identificar o tempo médio para formatura ou o semestre do curso em que pode haver mais reprovações e desistências.
Com isso em mãos, novas estratégias para aperfeiçoamento e distribuição das disciplinas ao longo do curso ou políticas para a permanência dos estudantes são pensadas em conjunto pelo Decanato de Ensino de Graduação (DEG), por núcleos docentes estruturantes e por coordenadores e colegiados de curso.
"É importante frisar que os relatórios são disponibilizados pela CPA, mas o trabalho de construir uma UnB ainda melhor é coletivo. A participação da comunidade é tão essencial quanto a dos gestores”, lembra Andrea Cabello, diretora de Avaliação e Informações Gerenciais e membro da Comissão Própria de Avaliação da Universidade de Brasília.
RAIO-X – O relatório Perfil dos Estudantes é publicado no site da CPA após a visita de técnicos do setor à unidade acadêmica, por meio do Programa AvaliaUnB. O levantamento também pode auxiliar em outras iniciativas para o público que tenha interesse nos cursos da UnB. Como ele fornece informações sobre as graduações, futuros alunos também podem consultá-los. O material também é utilizado em iniciativas da administração como Mostra de Cursos e Conversa com a Reitora.
Os relatórios de perfis apresentados pela CPA mostram o histórico dos cursos. Os levantamentos mais recentes podem ser contrastados com dados do início do curso, mostrando inclusive o número de formados desde a criação.
Além disso, o perfil traz informações sobre o público das graduações. O bacharelado em Engenharia Elétrica, avaliado em 2018, por exemplo, historicamente tem mais ingressantes do sexo masculino do que feminino. Na última avaliação, 16% do total de matriculados são graduandas, média que varia muito pouco ao longo do histórico do curso. Iniciativas como o projeto Meninas Velozes, que incentiva mulheres a cursarem graduações em áreas de Exatas, podem ajudar a equilibrar o perfil por gênero dos profissionais formados na Universidade.
Por outro lado, no curso de bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Ceilândia (FCE), 81% dos alunos matriculados são do sexo feminino, o que demonstra a presença ainda de forma minoritária de homens interessados na carreira.
“Incentivamos os núcleos docentes estruturantes a analisar esses relatórios, buscando entender informações apresentadas e propondo estratégias para os cursos", afirma Cláudia Griboski, presidente da CPA.
Resultados positivos são alcançados na Universidade de Brasília não apenas por meio do desempenho dos estudantes, mas do trabalho sistemático que busca o constante aperfeiçoamento da instituição e da dedicação de equipes que têm como objetivo valorizar o que é feito nela.
“O sucesso da formação dos estudantes da Universidade de Brasília está refletido nos dados do relatório do perfil de cada curso, na inserção de nossos egressos no mercado de trabalho e na potencialidade que o ensino superior tem para a transformação das pessoas”, enfatiza o decano de Ensino de Graduação, Sérgio de Freitas.
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