INSTITUCIONAL

Decanas Maria Emília Walter e Helena Shimizu destacam esforços ao longo de 2017 para ampliar recursos e melhorar a qualidade da UnB nos dois quesitos

 

Administração superior da UnB completou um ano de gestão. Decanatos elegem destaques. Foto: Secom UnB

 

A alta administração da UnB considera que os investimentos em pós-graduação, pesquisa e inovação, entre o fim de 2016 e o término de 2017, convergiram em resultados satisfatórios. Somente neste ano, sabe-se que há 3.500 projetos de pesquisa em curso, 88 programas de pós-graduação acadêmicos, 11 profissionais, 25 empresas incubadas e seis licenciamentos de propriedade intelectual concluídos – mais três estão em andamento. Além disso, a instituição garantiu o oitavo lugar no ranking nacional de universidades empreendedoras, escalando dez posições em relação ao ano anterior.

Esses números são resultados de estímulos alavancados pelos decanatos de Pesquisa e Inovação (DPI) e de Pós-Graduação (DPG) ao longo do primeiro ano de mandato. “Aprendemos muito nesse período. Todos nos sentimos amadurecidos e prontos para fazer mais”, declara Maria Emília Walter, responsável pelo DPI. Nesta série especial sobre o ano inaugural da gestão 2016/2020, a Secretaria de Comunicação ouviu representantes de cada um dos oito decanatos para saber quais foram as principais conquistas da fase inicial e quais desafios se apresentam para a continuidade.

As gestoras apontam os avanços em inovação, internacionalização e qualidade dos programas de pós-graduação como principais realizações. “Nosso grande desafio é aprimorar os programas que já temos, incluir mais docentes na pós-graduação e pensar estratégias para destacar os programas de excelência”, enfatiza a decana do DPG, Helena Shimizu, já antecipando as metas para 2018.

Com gestão focada na busca por excelência, Helena Shimizu visualiza avanços significativos na qualidade dos programas de pós-graduação. Foto: Amália Gonçalves/Secom UnB

 

ESPECIALIZAR PARA MELHORAR – Antes parte de uma única estrutura – o antigo Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP) –, as unidades se desmembraram logo no início de 2017, a partir da criação do DPI. A necessidade de ampliar o desenvolvimento em pesquisas aplicadas e, sobretudo, em inovação, além de facilitar os processos internos, motivou a proposta de reestruturação. “Logo que assumimos a gestão, diagnosticamos que a parte de inovação não era suficientemente desenvolvida”, observa Shimizu.

Com a mudança, os investimentos nesse sentido ganharam amplitude. Isso pôde ser visto em diversas ações promovidas pelos decanatos, entre eles a realização de eventos como Inovatechs e os workshops temáticos, além do lançamento de editais de incentivo à publicação de livros científicos, à participação em congressos, à publicação de pesquisas, e de fomento a projetos de pesquisa e extensão.

Quanto aos trâmites de processos, a decana Maria Emília assegura que houve melhoria após o reordenamento dos fluxos no DPI. Essa era considerada uma das principais dificuldades para a realização de atividades, como a oficialização de convênios e contratos para projetos de pesquisa. “Não adianta nada estar tudo ótimo se não temos uma tramitação eficiente de processos dentro da Universidade”, opina a decana.

O surgimento do atual DPG também possibilitou que esforços fossem concentrados para melhorar o acompanhamento dos programas de pós-graduação, trabalho avaliado como bem-sucedido por Shimizu, considerada a melhoria no desempenho na avaliação quadrienal da Capes. “Dobramos os programas conceito 7 – agora são 4. O número de programas nota 6 se manteve e os com nota 5 passaram de 10 para 17”, detalha a decana, que considera o resultado fruto da busca pela excelência, uma das prioridades em seu mandato.

Para alcançar esse objetivo, o decanato também implementou um sistema para diagnóstico, monitoramento e avaliação dos programas, que reúne informações para dimensionar a qualidade. “Essa ferramenta foi oferecida aos programas de pós-graduação para que eles possam fazer sua autoavaliação”, comenta Shimizu.

Identificada como aspecto-chave para o desenvolvimento da instituição em nível global, a internacionalização integra outra das principais agendas da UnB para os próximos anos. Nesse sentido, a decana do DPG aponta avanços garantidos para consolidação desse projeto, como o lançamento do edital para professor visitante ou pesquisador estrangeiro e a própria revisão da resolução sobre os programas de pós-graduação, com foco no processo de internacionalização.

Entretanto, ela pondera que é necessário a Universidade caminhar ainda mais em suas estratégias. “Vamos ter que trabalhar em outra lógica, com um projeto institucional de internacionalização para os programas, visando sempre a excelência”, argumenta.

PERSPECTIVAS – Os avanços em qualidade tropeçam, no entanto, no cenário de crescentes cortes orçamentários vivenciados pela instituição. Preocupada, a decana Maria Emília acredita ser essencial que a UnB esteja preparada para lidar com a restrição em 2018. Além disso, as mudanças sinalizadas pelos próprios órgãos de fomento nos modelos de financiamento exigirão que a Universidade pense alternativas para se adequar à atual realidade econômica do país.

Maria Emília Walter projeta cenário preocupante para 2018 em termos de orçamento para as áreas de pesquisa e inovação. Colaboração é caminho. Foto: Amália Gonçalves/Secom UnB

 

Promover mais integração entre grupos de pesquisas na produção de trabalhos colaborativos tem sido uma das saídas tratadas com atenção pelo decanato. “Trabalhamos no sentido de fomentar o compartilhamento de espaços e equipamentos de pesquisa. A integração também faz parte dessa estratégia de estimular a colaboração de projetos em rede”, explica a decana.

Para isso, o decanato tem realizado o mapeamento e diagnóstico das áreas e iniciativas de pesquisa e inovação na instituição. A ideia é levantar informações para articular redes colaborativas e elaborar um portfólio de competências que possibilite maior aproximação da UnB com o setor produtivo e a sociedade.

“A Universidade tem que ter uma clareza maior dos seus pontos fortes de pesquisa, dos seus temas de relevância e se organizar mais fortemente”, considera. Para os próximos anos, Maria Emília sinaliza como principal meta a construção de uma política de inovação, à luz do marco legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

 

 

Confira também:

>> Há um ano no comando da UnB, reitora Márcia Abrahão destaca principais conquistas e desafios

>> DAF e DPO expõem panorama do primeiro ano de gestão

>> DEG e DEX destacam ações de ano inicial do mandato

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.