EXCELÊNCIA

Cientistas lideram quatro das cinco áreas nas classificações Destaque e Inovador. Bolsistas de iniciação científica também ganham reconhecimento

Ao lado de Jonato Prestes (UCB) e João Luiz Durigan (FCTS), Eliete Neves (FS) comemora primeira colocação entre pesquisadores destaque na área de Ciências da Vida. Foto: FAPDF

 

A qualidade do corpo de pesquisadores da Universidade de Brasília é mais uma vez evidenciada com o resultado do 4º Prêmio FAPDF de Ciência, Tecnologia e Inovação. Dos dez cientistas contemplados nas categorias Pesquisador Destaque e Pesquisador Inovador, oito desenvolvem seus trabalhos na UnB. Os resultados foram apresentados no início de novembro em cerimônia organizada pela fundação de apoio distrital e garantem premiações de até R$ 12 mil.

 

Na área de Ciências Exatas da categoria Pesquisador Destaque, a Universidade conquistou os três primeiros lugares com os docentes Alberto José Álvares (ENM/FT), Fábio de Castro (ENM/FT) e Roberto Baptista (FCTE). Nas Ciências da Vida, Eliete Neves (ODT/FS) e João Luiz Durigan (FCTS) garantiram, respectivamente, a primeira e a terceira colocações. Na categoria Pesquisador Inovador, todos os premiados são vinculados à UnB. São eles: Renato Borges (ENE/FT), primeiro colocado em Inovação para o Setor Público, e Márcia Mortari (DCF/IB) e João Paulo Figueiró (GEM/IB), primeira e segundo colocados em Inovação para o Setor Privado. 

Com 44 anos de UnB, Alberto Álvares avalia que prêmio simboliza a continuidade de trabalho que cria e transforma. Foto: FAPDF

 

Líder de projeto multidisciplinar para produção de plataforma inovadora de perfis metálicos para construção civil, Alberto José Álvares compreende a premiação como reconhecimento de uma trajetória acadêmica iniciada em 1981, quando ingressou na graduação de Engenharia Mecânica na UnB. Ele classifica a nova conquista em três dimensões: a exterior, que valoriza a comunidade científica; a intermediária, sobre os papéis transformadores da engenharia e da tecnologia; e a interior, como representação da bem-sucedida escolha pela carreira.

 

“Cada descoberta, cada orientação e cada contribuição tornam-se formas de permanência e, sendo assim, o prêmio também simboliza essa continuidade: a certeza de que o que construímos com propósito segue adiante, inspirando novas gerações a buscar, criar e transformar”, diz Alberto acerca dos estímulos proporcionados pelo prêmio.

 

Mais que agradecer pela estrutura e os recursos intelectuais disponíveis, ele discorre com afeto sobre a história construída na Universidade. “É fácil perceber que a UnB é muito mais do que o lugar onde exerço minha profissão, é parte da minha própria história, de minha esposa e de meus filhos”, afirma ele, que é professor titular desde 2021.

Pesquisadora inovadora, Márcia Mortari entende a UnB como o espaço que a permitiu "sonhar e realizar". Foto: FAPDF

 

Para a também titular Eliete Neves, a conquista “fortalece a credibilidade e o respeito da comunidade acadêmica na região Centro-oeste e no Brasil”. Na visão da professora e pesquisadora da Odontologia, a distinção amplia horizontes para parcerias nacionais e internacionais e fortalece os trabalhos “com vistas especialmente à produção e ao desenvolvimento de biofármacos para o tratamento do câncer”, um dos temas aos quais mais se dedica.

 

Ela recebe o prêmio como incentivo à continuidade de pesquisas por fármacos de menor custo e reconhece as condições favoráveis para o desenvolvimento dos trabalhos. “A UnB disponibiliza toda a estrutura necessária para a execução do projeto. A Universidade é uma grande incentivadora da inovação tecnológica no Brasil e apoia a pesquisa e o desenvolvimento do empreendedorismo, além de fortalecer os laços existentes entre a sociedade, empresas e o governo”, avalia. 

Renato Borges é destaque nas inovações do setor público e valoriza esforços coletivos na conquista. Foto: FAPDF

 

Reconhecida como a pesquisadora inovadora mais bem colocada na área do setor privado, Márcia Mortari, enxerga a UnB como a instituição que a permitiu “sonhar e realizar”. Na visão dela, o prêmio indica que a dedicação aos estudos em neurofarmacologia seguem rendendo frutos.

 

“[O prêmio] permite saber que estou no caminho certo, que o propósito maior de servir a sociedade com integridade e dedicação está sendo reconhecido e que as ações ao longo de minha trajetória foram alinhadas com o propósito científico”, diz a docente, que é imortal da Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (Abrasci). 

 

“O reconhecimento como pesquisador inovador [do setor público] tem enorme relevância, pois confirma que os projetos que temos desenvolvido estão alinhados às demandas contemporâneas da sociedade e seguem em uma direção consistente”, diz Renato Borges.

Maria Sueli Felipe, Rose Monnerat e Helena Bustamante, representando a mãe, Mercedes, recebem placas como referências femininas na ciência. Foto: FAPDF

 

Coordenador da primeira missão espacial financiada pelo governo local, a AlfaCrux, e do Sistema Perception, ele diz que o prêmio é coletivo e valoriza os participantes de suas pesquisas.

 

O ambiente plural, a estrutura e a liberdade acadêmica são alguns dos aspectos avaliados como favoráveis na UnB. “É uma grande honra e um privilégio fazer parte dessa instituição que tanto contribui para o avanço do conhecimento e da sociedade.”

 

Os pesquisadores externos à UnB premiados na categoria Pesquisador Destaque são Marta Helena de Freitas, que venceu nas Ciências Humanas, e Jonato Prestes, segundo colocado nas Ciências da Vida. Embora graduada, mestre e doutora pela UnB, Marta Helena, assim como Jonato Prestes, é vinculada à Universidade Católica de Brasília (UCB).

 

HOMENAGENS E INICIAÇÃO CIENTÍFICA O 4º Prêmio FAPDF também homenageou mulheres que contribuem para o fortalecimento da pesquisa no Distrito Federal. As professoras Maria Sueli Felipe (CEL/IB) e Mercedes Bustamante (ECL), representada pela filha Helena, receberam placas de reconhecimento. Elas e Rose Monnerat, egressa e colaboradora da UnB e atuante na Embrapa, foram classificadas em texto institucional da FAPDF como “três referências nacionais que simbolizam a força das mulheres na ciência”.

Natália Pimenta é a primeira colocada em categoria dedicada a bolsistas de iniciação científica. Foto: FAPDF

 

Jovens mulheres estudantes da Universidade também se destacaram em premiação para bolsistas de iniciação científica. Natália Pimenta e Sofia Leal foram segunda e terceira colocadas nas Ciências Humanas, e Yasmin Lacerda ficou em segundo nas Ciências da Vida.

 

Os resultados no prêmio da FAPDF somam-se a outros feitos recentes de pesquisadores da Universidade. Em setembro, levantamento divulgado em parceria pela Universidade de Stanford e a editora Elsevier apontou 40 cientistas da UnB entre os mais influentes do mundo. E duas teses produzidas na instituição venceram, também neste semestre, um prêmio nacional promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

 

Lista dos pesquisadores da UnB agraciados no 4º Prêmio FAPDF de Ciência, Tecnologia e Inovação. Arte: João Paulo Parker/Secom UnB

 

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