O Observatório Sismológico (SIS) acaba de completar 50 anos. Referência na detecção de terremotos no país, a Sismologia na UnB foi concebida longe do Brasil, como lembra o professor aposentado da Universidade José Alberto Vivas Veloso. "Em 1963, a Unesco recomendou a criação de centros sismológicos na América Latina".
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O geólogo ajudou a criar o Observatório Sismológico na década de 1960 e reuniu em livro parte de suas memórias. Em A sismologia na Universidade de Brasília, ele lembra o papel de pioneiros, como o do geólogo Patrick Willmore e do engenheiro Joffre Mozart Parada na implantação do sistema sismográfico na região.
“Willmore idealizou a expedição à Brasília e Joffre Parada criou as condições para que ela acontecesse. Em 1967, o geólogo Jesus Antonio Berrocal veio ao Brasil como chefe da expedição", conta o docente.
Para celebrar a data, estudantes e professores se reuniram, no mês de outubro, no auditório Roberto Salmeron da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília, momento em que se falou sobre os avanços e desafios na área.
“Hoje temos 80 estações espalhadas pelo Brasil em parceria com outras instituições”, contabiliza a professora Mônica Huelsen, chefe do Observatório. A pesquisadora destaca o aumento na detecção de tremores de terra nos últimos seis anos e também da produção científica nesse campo de estudos. “De 2010 a 2012, foram registrados 157 eventos sísmicos no país. De 2014 a 2016, 674".
"Estamos colhendo os frutos do trabalho desenvolvido ao longo dos anos por toda a equipe do Observatório Sismológico e do Instituto de Geociências", observa a diretora do IG, Márcia Abrahão. O reitor Ivan Camargo aponta a necessidade de diminuir a burocracia para aquisição de equipamentos. "A burocracia atrapalha muito o trabalho de pesquisa", critica.