ENSINO

Métodos como Rei da Derivada, Summaê e Trezentos aumentam para 85% o índice de aprovação e ajudam a promover interação entre alunos do campus Gama

Foto: Dani Lima/Secom UnB

 

A disciplina obrigatória Cálculo 1 é conhecida por ser temida pelos estudantes. Porém, integra conceitos básicos primordiais para quem pretende seguir carreira em Engenharia e áreas afins. E se fosse possível aprendê-la de forma lúdica e colaborativa? 

 

Para atingir esse objetivo, Ricardo Fragelli, docente na Faculdade UnB Gama, apostou em três projetos que promovem integração entre os estudantes: Rei da Derivada (RDD), Summaê e Trezentos. No jogo de aprendizagem Rei da Derivada, que acontece desde 2007, alunos vão ao quadro para resolver questões elaboradas pelo professor.

Foto: Dani Lima/Secom UnB

 

Recém-ingresso no curso de Engenharia Automotiva, Pedro Henrique Aires participou pela primeira vez do campeonato de cálculo que aconteceu neste ano com mais de 150 inscritos. "Estes eventos motivam os alunos a se manterem no curso e são essenciais. São mais importantes ainda porque acontecem nos primeiros semestres, que são muito teóricos e contêm pouquíssimas oportunidades de prática", explica o estudante.

 

Alunos da UnB participam de campeonato de cálculo

 

Rainha da Derivada é coroada na UnB

 

No jogo, são propostas derivadas funções usuais da disciplina primária de Cálculo (C1), com exceção das funções hiperbólicas. A primeira parte é composta por grupos, depois se afunila para duplas e só pontua quem resolver as questões no menor tempo de quatro minutos. Na segunda parte, os mais bem classificados disputam entre si e quatro vão para a final, quando são conhecidos o rei ou a rainha da Derivada (1º lugar), além do mago ou feiticeira da Derivada (2º colocado).

Foto: Dani Lima/Secom UnB

 

Summaê são aulas de exercícios em formato de show de auditório, em que as perguntas são feitas por meio de vídeos criativos e que, em muitos deles, há celebridades, tais como Marcos Pontes, Rafinha Bastos, Alexandre Pato, entre outros.

 

Para o organizador, desde o primeiro momento houve um clima de cooperação que envolveu professores, estudantes veteranos, funcionários e pessoas da comunidade para o êxito das ações acadêmicas.

 

O sucesso se estende gradualmente. "Frequentemente recebemos visitas de colegas de outras instituições de ensino superior do DF e também de estados como Espírito Santo, Santa Catarina, Goiás, entre outros, para conhecer os projetos", declara Ricardo Fragelli. 

 

Essas ações repercutem positivamente nas notas dos estudantes, na diminuição do índice de evasão escolar e na integração entre os graduandos. Isto pode ser observado no recente projeto denominado Trezentos, que consiste na possibilidade de os alunos que não se saíram bem em alguma avaliação terem a oportunidade de refazê-la, desde que cumpram algumas atividades de estudo em grupos liderados por alunos que possuam conhecimento maior do conteúdo.

 

"O Trezentos sustentou o restante de transformação necessária para uma aprovação que, no último semestre, foi de 85%. A ideia foi criar um ambiente de colaboração em que um estudante se preocupasse mais com o colega e o resultado foi uma turma com muita cumplicidade e engajamento", exalta o docente Fragelli.

Foto: Dani Lima/Secom UnB

 

Além do reconhecimento interno, o docente já recebeu 8 prêmios nacionais sobre o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação superior e inovações no Ensino de Ciências. E, em 2011, recebeu, por meio do departamento de Administração da UnB com apoio da CAPES, o primeiro lugar no Concurso de Experiências Inovadoras sobre Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior.

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