A Universidade de Brasília está entre as 11 melhores instituições de ensino superior do Brasil e foi a mais bem avaliada do Centro-Oeste, segundo o ranking global QS 2018. O levantamento, divulgado pela consultoria internacional na última semana, analisou 959 das cerca de 20 mil instituições espalhadas pelo mundo.
“Esse resultado reflete o esforço da nossa comunidade, que tem trabalhado com afinco para a melhoria da qualidade acadêmica”, comemorou a reitora Márcia Abrahão. O ranking global QS é feito anualmente, com base em cinco indicadores: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações por docente, proporção docente/aluno, professores estrangeiros e alunos estrangeiros.
Globalmente, a UnB aparece na faixa entre a 651ª e a 700ª colocada, abaixo das registradas nos últimos dois anos. A QS não divulga a exata posição das universidades após a 400ª colocação. “Esses indicadores são importantes porque apontam aspectos sobre os quais nós, como gestores, temos que atuar. Estamos entre as onze brasileiras, mas podemos melhorar e avançar”, disse a reitora.
Márcia afirma que a melhoria do desempenho global depende, entre outras ações, da implantação de políticas mais assertivas para a internacionalização da Universidade. “Estamos na capital da República, precisamos aproveitar nossa localização geográfica para aumentar a presença de professores e estudantes estrangeiros”, pontuou.
Outro índice que está relacionado à internacionalização é o de citações por docente. Isso porque, quando um artigo científico tem coautoria de parceiros internacionais, a pontuação mais que dobra. “Embora isso dependa muito da trajetória de cada pesquisador, podemos trabalhar para deixar os critérios mais transparentes para a comunidade acadêmica”, diz a diretora da Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) da UnB, Sabine Gorovitz.
A INT e o Decanato de Pós-Graduação (DPG) devem divulgar, em breve, edital para contratação de pesquisadores estrangeiros seniores. “Queremos atrair profissionais de ponta em áreas estratégicas para a UnB”, reforça Sabine.
BOLSAS – A UnB também acaba de aderir ao Programa de Alianças para a Educação e a Capacitação (Paec), do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras em parceria com a Organização dos Estados Americanos (OEA). Inicialmente, serão ofertadas duas bolsas de doutorado, mas a ideia é que a iniciativa seja ampliada. O Paec tem como foco a mobilidade de pesquisadores entre países da América Latina e do Caribe.
O levantamento de dados para o QS foi feito pela Diretoria de Avaliação Institucional (DAI) do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO). “Um dos nossos objetivos na DAI é dar transparência aos processos de avaliação, identificar os gargalos e auxiliar a gestão da Universidade em suas decisões estratégicas”, explicou a decana do DPO, Denise Imbroisi.
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