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Palestrante Torben Schubert apresentou estudo que aponta os benefícios do financiamento no ensino superior público para a economia alemã

 

Evento de abertura do 2º FFI reuniu pesquisadores interessados em internacionalização. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A abertura do 2º Fórum e Feira de Internacionalização da Universidade de Brasília, nesta terça (10), foi dedicada à conferência do pesquisador alemão Torben Schubert, cuja palestra (Universities and Public Research Organizations as Drivers of Economic Development) focou em análise desenvolvida na Alemanha sobre a relação entre o que é desenvolvido pelas universidades e institutos de pesquisa e o desenvolvimento econômico regional. O evento ocorreu no anfiteatro 10 do ICC e reuniu estudantes, professores, gestores e pesquisadores interessados em internacionalização.

 

Na solenidade de abertura do evento, estavam presentes o vice-reitor da UnB, Enrique Huelva, e o diretor da Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) da UnB, Virgílio de Almeida, que destacou a necessidade de as universidades aprofundarem o debate sobre a relevância da ciência para a sociedade. “O FFI é uma oportunidade de promover encontro de novas ideias e de ideias contrárias, e de compartilhamento de outras experiências e soluções para problemas semelhantes”, ressaltou.

 

O 2º Fórum e Feira de Internacionalização ocorre no ICC, no campus Darcy Ribeiro, local em que circulam diariamente, cerca de 30 mil pessoas, entre estudantes, professores e técnicos administrativos. “Com esse contingente, o evento é uma grande oportunidade para que estudantes saibam das oportunidades que têm para se internacionalizar”, pontuou Enrique Huelva.

 

O vice-reitor comentou que o 2º FFI abre possibilidade para que se pense melhores estratégias e meios políticos para fomentar a internacionalização, no que ele definiu como momento chave para reforçar relação com parceiros “que reconhecem a relevância do Brasil como produtor de ciência e inovação para o mundo”.

 

Nesse sentido, Huelva reforçou que é necessário definir formas de avaliar a importância da educação para o desenvolvimento social e econômico nacional e internacional. Em especial, em um contexto em que há, concomitantemente, problemas de impacto local e regional e também de repercussão global, que levam as pesquisas a adotar abordagem inter e transdisciplinar. “Precisamos definir estratégias e caminhos para organizar melhor o processo de fazer ciência sobre problemas sociais que nos atravessam”, frisou.

 

Denise Imbroisi, decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), comentou que a UnB está realizando estudo para avaliar os impactos do que é realizado pela Universidade para o desenvolvimento local. A previsão é que material seja lançado ao final do ano.

 

PONTA DO ICEBERG – Pesquisador do Instituto Fraunhofer de Sistemas e Inovação ISI, da Alemanha, Torben Schubert elaborou brevemente sobre a metodologia adotada para avaliar os efeitos econômicos das universidades. Diferentemente de outras abordagens que focam no valor dos investimentos feitos na educação superior pública, o convidado detalhou que foram combinados dados econômicos regionais, a exemplo do PIB ou de impostos, com as atividades das universidades regionais. 

Estudos de Torben Schubert apontam que os investimentos nas universidades resultam em benefícios econômicos para a sociedade. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

“Medir o impacto de uma universidade é apenas a ponta do iceberg, porque geralmente só medimos o que podemos ver, que é o tanto que é investido nelas. O que é interessante, contudo, é o que está submerso: o valor do conhecimento, que é intangível”, disse. Isso motivou a busca do pesquisador por outras metodologias de análise.

 

Schubert aplicou abordagens econométricas, para identificar padrões sistemáticos entre atividades universitárias regionais e atividades econômicas regionais. E utilizou esses dados para estimar o valor econômico das atividades da universidade.

 

>> Leia entrevista completa com Torben Schubert

 

Os estudos desenvolvidos pelo consultor científico comprovaram ser economicamente interessante para o estado alemão manter os investimentos na educação superior pública, pois as universidades produzem vários benefícios, cujo alcance se difunde não só nas localidades em que as instituições estão como também nas regiões adjacentes.

 

Além disso, os dados apontaram que o impacto das universidades é positivo para a geração de emprego. O pesquisador alerta que o resultados são perceptíveis a longo prazo. Por isso é necessário manter programas de financiamento mirando progressos no desenvolvimento social e econômico no futuro do país.

 

SERVIÇO – As atividades do 2º Fórum e Feira de Internacionalização da Universidade de Brasília seguem até esta quinta-feira (12). Participam das mesas temáticas professores da UnB e de mais quatro universidades brasileiras, representantes de delegações da União Europeia, de embaixadas, de órgãos do Distrito Federal, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

 

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