GESTÃO

Em café da manhã, administração apresentou indicadores da UnB e pediu apoio de senadores e deputados federais para assuntos estratégicos da instituição

 

Representantes parlamentares e gestores da Universidade se reuniram nesta terça-feira (2). Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

A reitora Márcia Abrahão, o vice-reitor Enrique Huelva, decanos e outros membros da administração da Universidade de Brasília estiveram reunidos com representantes de parlamentares da bancada do Distrito Federal no Congresso na manhã desta terça-feira (2). Na conversa, os gestores apresentaram dados da instituição e pediram o apoio de deputados e senadores em pautas estratégicas para a Universidade.

“Mesmo em um cenário de dificuldades, estamos melhorando nossos indicadores acadêmicos e gostaríamos de contar com a parceria de vocês para a continuidade dessa missão”, disse a reitora. “A UnB é um dos maiores patrimônios institucionais do DF. Estudos indicam que não existe nada mais rentável para a sociedade do que o investimento em ensino, pesquisa e extensão”, acrescentou o vice-reitor Enrique Huelva.

Uma das principais demandas apresentadas pelos gestores foi para a apresentação de emendas que contemplem a reforma de prédios da Universidade. “Nossos edifícios têm hoje uma necessidade de manutenção muito maior do que há alguns anos, mas nosso orçamento para investimentos está cada vez menor”, contextualizou a reitora.

Participaram do café da manhã Ricarda Lima, chefe de gabinete da senadora Leila Barros; João Alfredo Ximenes, assessor do senador Izalci Lucas; Maria José de Castro, assessora do deputado Júlio César Ribeiro; Rafael Mazzaro, assessor da deputada Celina Leão; Marlúcia Ferreira do Carmo, assessora da deputada Erika Kokay; Guilherme Junger e Luiz Eduardo, assessores da deputada Paula Belmonte.

BIBLIOTECA – Durante o encontro, o diretor da Biblioteca Central (BCE), Fernando Leite, fez uma breve apresentação com números e informações da unidade. “A BCE nasceu com a UnB, recebe 3,5 mil pessoas por dia e é a única biblioteca pública universitária do país aberta 24 horas em dias úteis”, enumerou. Ele também mencionou a necessidade de reforma do edifício da BCE, aberto no início da década de 1970.

A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, trouxe aos representantes dos parlamentares alguns números sobre o orçamento da Universidade. “Recebemos uma quantidade cada vez menor de recursos para investimentos, que ainda são alvo de bloqueios e contingenciamentos do governo federal”, disse.

Segundo a Lei Orçamentária Anual, a UnB receberia R$ 8,2 milhões da fonte do Tesouro para investimentos neste ano. Desse montante, cerca de R$ 3 milhões já estão bloqueados e os R$ 5,2 milhões restantes ainda não foram liberados. Para agravar a situação, na última sexta-feira (29), a equipe econômica do governo anunciou um bloqueio de cerca de 25% no orçamento do Ministério da Educação (MEC). “Ainda não temos informações de como esse bloqueio será repassado à UnB”, disse Denise.

Outro problema mencionado pelos gestores diz respeito ao teto orçamentário. “A UnB tem uma grande arrecadação, mas só podemos utilizar esses recursos até o limite imposto pelo orçamento, que ficou ainda mais restrito depois da aprovação da emenda constitucional do teto”, destacou a reitora. “O que excede o limite acaba virando superávit para o governo”, completou.

“Sabemos que, se o orçamento é muito compactado, passamos ao desserviço”, comentou João Alfredo Ximenes, assessor do senador Izalci Lucas. “Vocês estão de parabéns, porque têm feito mais com menos na educação, que, como diz o senador, é a nossa tábua de salvação.”

Ricarda Lima, chefe de gabinete da senadora Leila Barros, também se disse sensibilizada. “A senadora está muito engajada nesse assunto, e certamente fará o que for possível, individualmente e em conjunto com a bancada, para apoiar a UnB”, afirmou.

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