A um mês do início do inverno, é possível observar, pouco a pouco, a transformação da paisagem nos campi da UnB. A coloração verde das gramas e árvores logo será substituída pelos tons marrons da seca, consequência da queda das folhagens e da redução da quantidade de chuvas no Cerrado.
“Este é o momento em que a natureza se prepara para o período da estiagem. Assim, ela entrará na primavera revigorada”, diz o coordenador da Assessoria de Sustentabilidade Ambiental (ASA), professor Pedro Zuchi. Ele garante que o ciclo natural é benéfico à função reprodutiva das plantas.
Por isso, algumas medidas serão tomadas a partir deste semestre para reduzir intervenções na vegetação local durante a seca. Essas ações vão impactar diretamente os serviços de jardinagem da UnB. Com foco na sustentabilidade, a Prefeitura da UnB (PRC) prevê a instalação de protótipos automatizados para controle da irrigação dos jardins no período.
Além de reduzir gastos com recursos hídricos, a medida visa adequar a manutenção dos canteiros aos processos fisiológicos das plantas no período. “Gostaríamos que a comunidade começasse a observar o fenômeno da seca com naturalidade e convivesse com os jardins em transformação. Temos que intervir menos nas plantas nessa época, pois elas se encontram em processo de economia de energia”, adverte Zuchi.
COMPOSTAGEM – A PRC também tem priorizado a adubação do viveiro da UnB e das áreas verdes do campus Darcy Ribeiro com resíduos oriundos da poda de árvores e dos próprios jardins, reaproveitados com o processo de compostagem. Desenvolvida há cerca de um ano e meio em conjunto com a ASA, a iniciativa tem apresentado resultados positivos na promoção da sustentabilidade na instituição.
Mensalmente, de cem a 150 metros cúbicos de galhos, troncos, frutos, raízes e folhas estão sendo coletados no campus para transformação em adubo natural. A redução de gastos com irrigação, destinação de materiais verdes a aterros sanitários e uso de adubo químico são outros resultados observados.
“A não-destinação a aterros sanitários está gerando a economia de, no mínimo, R$ 300 reais por metro cúbico de resíduo. Anualmente, isso reduz nas contas da UnB cerca de R$ 300 mil”, aponta o arquiteto da Coordenação de Parques e Jardins, Matheus Maramaldo.
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