ADMINISTRAÇÃO

Proposta é tornar política de segurança da UnB mais efetiva por meio da participação da comunidade universitária

Foto: Arquivo/Secom UnB

 

A Câmara de Assuntos Comunitários (CAC) decidiu, nesta terça-feira (15), intensificar as atividades do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) na Universidade. Instituído no início dos anos 2000, o órgão tem enfrentado dificuldades em manter a regularidade de seu funcionamento.

 

O último encontro foi em 2015, mas não houve quórum para deliberações. Antes disso, o Conseg esteve reunido apenas em 2013. De acordo com a decana de Assuntos Comunitários Thérèse Hofmann, a primeira reunião após a retomada deve ocorrer na próxima semana e o intervalo entre os encontros será reduzido.

 

A proposta do Conselho é concentrar sugestões e demandas de diferentes setores da comunidade acadêmica. À medida que as contribuições forem recebidas, o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) promoverá debates sobre os temas e encaminhará propostas aos centros competentes.

 

“A Ouvidoria cumpre em parte o papel de receber denúncias e alertas, mas é preciso ter mais integração para saber exatamente como resolver cada caso. O DAC se propõe a ser esse elo de mediação, abrangendo todos os campi”, explica Thérèse.

 

Também é papel do Conselho atuar junto a órgãos de segurança pública, que segundo a decana, devem ajudar a Universidade a definir alternativas para a melhoria das condições de segurança nos campi. “A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal se pôs à disposição da Universidade para conversar sobre planos de atuação”, revela.

 

O Decanato de Extensão (DEX), o Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (CAEP), o corpo docente e a própria comunidade externa foram citados pela gestora como parceiros importantes neste momento.

 

“Estamos propondo questões que vão além do âmbito acadêmico, que são culturais e às vezes pessoais. Por isso a necessidade de uma iniciativa em rede para a resolução de problemas”, diz.

 

UNBPAZ – O retorno das reuniões do Conseg faz parte das ações da UnB para aumentar a sensação de segurança nos campi, após o assassinato da estudante Louise Ribeiro. Na última segunda-feira (14), o Decanato de Assuntos Comunitários lançou o endereço de e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., criado para que o público comunique suas demandas diretamente ao DAC.

 

No mesmo dia, a professora Thérèse Hofmann esteve reunida com representantes da Casa do Estudante Universitário (CEU). Nesta quarta-feira (16), a conversa foi com membros de Centros Acadêmicos, para discutir maneiras de enfrentamento à violência na Universidade. O DAC está organizando um seminário sobre o tema, previsto para o fim de março ou início de abril.

 

“Queremos a colaboração dos alunos nessa configuração de ações para a comunidade. A instituição tem sua política de segurança, mas é necessário ouvir os mais diversos membros para que as atitudes sejam realmente adequadas. As entidades já estão se manifestando”, declarou a decana.

 

DIVERSIDADE – A partir desta quarta-feira (16), a Diretoria da Diversidade (DIV/DAC) passa a ser comandada pela docente Maria Inez Montagner. Professora da Faculdade de Ceilândia (FCE), a nova diretora possui experiência junto à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPIR) e já atuou como coordenadora de pesquisa de gênero pela Secretaria de Estado da Mulher (SEM), ambas do GDF.

 

De acordo com a decana Thérèse Hofmann, a nova diretora estará à frente de ações simultâneas contra a violência, realizadas em todos os campi da Universidade de Brasília. Professores que trabalham com temas afins, como segurança e feminicídio, serão convidados a participar das ações organizadas pelo DAC.