
Neste dia 5 de maio, a Universidade de Brasília se unirá a diversas instituições internacionais e promoverá ações em comemoração ao Dia Mundial da Língua Portuguesa. Instituída em 2009, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a data tem o propósito de promover o sentido de comunidade e de pluralismo dos falantes do Português pelo mundo.
Para celebrar, o Instituto de Letras (IL) e a Cátedra Agostinho da Silva, da UnB, decidiram brindar a sociedade com algumas ações virtuais – afinal, vive-se atualmente o isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus.
Entre as atividades previstas estão a publicação de vídeos de seus professores quanto à importância da língua portuguesa no mundo e à relevância de se celebrar a data e, ainda, sobre linguística, literaturas africanas de língua portuguesa, questões lusófonas e ibéricas, lusofonia e desassossego, cinema de língua portuguesa no mundo e literatura de Brasília e sua relação com a literatura no mundo.
Cada vídeo desses terá até um minuto de duração. Escritores e artistas do meio musical que atuam em Brasília também serão convidados a se manifestar, e a comunidade será convidada a gravar e enviar vídeos de aproximadamente 20 segundos sobre a importância da língua portuguesa.
Este material será hospedado no YouTube e no Instagram pela UnBTV, que ainda reexibirá a entrevista realizada em 2019 com o escritor moçambicano Mia Couto – ele esteve na Universidade em setembro último para receber o título de Doutor Honoris Causa.
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“A intenção é convidar professores, estudantes e membros da comunidade para falarem sobre a língua portuguesa, sua relação de trabalho ou de amor com a língua, ou enviarem pequenos textos, pequenos poemas e canções ligadas à língua portuguesa”, pontua o coordenador da Cátedra Agostinho da Silva, professor Augusto Rodrigues da Silva Junior.

Outra ação prevista é uma entrevista com o professor Luís Faro Ramos, Presidente do Instituto Camões em Portugal, que será exibida no programa Diálogos, da UnBTV.
O coordenador destaca que hoje há 280 milhões de falantes da língua portuguesa no mundo e que a data, instituída em 2009 e ratificada pela Unesco em 2019, é uma maneira de aproximar esses povos e essas culturas.
“A ideia é promover o sentido de comunidade a partir da língua, da lusofonia, e ao mesmo tempo fazer essa aproximação a partir de diferenças culturais e plurais em todo o mundo. É a celebração da própria língua e também de culturas, literaturas e artes também ligadas a ela”, declara o docente.
A diretora do Instituto de Letras da UnB, professora Rozana Naves, lembra que a língua portuguesa é uma das dez mais faladas no mundo e é a língua oficial de nove países. Hoje ela está representada em cinco continentes.
“É a língua da nossa cultura, que convive com as outras muitas línguas que compõem a diversidade linguística brasileira. Ao comemorar essa data, mesmo de forma remota, a UnB se junta às diversas instituições brasileiras e internacionais, acadêmicas e diplomáticas, que comemoram o Dia Mundial da Língua Portuguesa”, afirma Rozana.
LÍNGUA PORTUGUESA NA UnB – O IL oferece o curso de Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas nas modalidades licenciatura e bacharelado, em cursos regulares presenciais e a distância.
Também há no instituto uma abordagem do português como segunda língua, direcionada ao ensino para estrangeiros, surdos e indígenas.
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A Cátedra Agostinho da Silva, vinculada ao Instituto Camões em Portugal, tem como objetivo principal alargar a oferta de estudos relativos às literaturas e culturas de língua portuguesa, por meio de diversas cooperações com outras cátedras e universidades.
“A Cátedra vem promovendo ações, eventos, congressos e também comemorando há muito tempo o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Além de trazer esse expoente da academia luso-brasileira, que foi Agostinho da Silva, nosso professor da UnB, também recupera alguns pensadores e professores que passaram por aqui e fomentaram essa discussão plurivocal do papel da língua portuguesa no mundo”, ressalta o coordenador Augusto Rodrigues.
Instituída em 2006 como um desdobramento do Laboratório de Estudos Luso-Afro-Brasileiros do IL, criado em 1998, a Cátedra assumiu o compromisso de incentivar e promover pesquisas no campo da cultura luso-afro-brasileira, em quaisquer de suas manifestações, divulgar os textos teóricos, literários, pedagógicos e as traduções do filósofo Agostinho da Silva, além de dar continuidade às ações do educador a fim de estimular a aproximação entre Brasil, Portugal e países africanos.
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