PARTICIPAÇÃO DISCENTE

Diálogo propositivo e exposição de pautas prioritárias para o avanço de demandas da comunidade marcaram o encontro

Estudantes que integram a atual gestão do DCE foram recebidos pela administração superior da Universidade em reunião no Salão de Atos da Reitoria. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

A ampliação do acesso ao Restaurante Universitário (RU) nos finais de semana e feriados nos campi de Planaltina e Ceilândia, a aprovação da Política para Mães da Universidade de Brasília no CAD e o uso do Centro Olímpico (CO) por estudantes moradores da Casa do Estudante Universitário (CEU) estiveram entre as pautas trazidas pelas representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Honestino Guimarães em reunião na tarde desta segunda-feira (18), no Salão de Atos da Reitoria. A reitora Márcia Abrahão, o chefe de gabinete, Paulo César Marques, e a decana de Extensão, Olgamir Amancia, receberam o grupo.

“Nossa intenção é a retomada desse diálogo objetivo, com propostas e demandas que já estão sendo construídas e que serão vitórias para a administração e para os estudantes”, disse a coordenadora-geral do DCE, Luísa Valadares, da Faculdade de Direito.

As estudantes trouxeram dois assuntos que estão em discussão em fóruns específicos e, em breve, serão encaminhados para apreciação do Conselho de Administração (CAD) da UnB: a regulamentação para realização de festas e a Política para Mães. A reitora disse que pretende levar ambas as pautas para o CAD ainda neste semestre.

“A Política para Mães foi enviada para análise da Procuradoria Federal, a pedido da própria comissão que elaborou a proposta, e recebeu recomendações, além de contribuições do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) e do Decanato de Gestão de Pessoas (DGP), porque envolve não apenas alunas e alunos, mas servidores. Com relação à resolução sobre festas, peço que vocês (a comissão) se reúnam mais uma vez e finalizem”, orientou Márcia Abrahão.

“Entendemos que a Política das Mães representará um enorme avanço. Precisamos organizar esses espaços nos prédios para amamentação e armazenamento de leite em geladeira”, exemplificou Luísa Valadares.

As estudantes explicaram que a comissão de festas está próxima de finalizar a minuta a ser levada para discussão nos colegiados superiores da Universidade, mas ressaltaram que não concordam com a palavra “penalidades”, mas sim com o uso do termo “responsabilidades”. “Já cedemos bastante para chegarmos nesse documento final. Nossa gestão quer muito regulamentar as festas nos campi”, argumentou a diretora de articulação do DCE, Mona Rodrigues.

Outro ponto que está em discussão na Câmara de Direitos Humanos (CDH) é o fluxo de denúncia e acolhimento nos casos de assédio. O DCE trouxe um documento elaborado pelos estudantes e a reitora explicou que, há mais de dois anos, o tema tem sido debatido por estudantes e pesquisadoras no âmbito da CDH. “Não é um assunto fácil. As pesquisadoras no tema também divergiram e agora estamos encontrando consenso. Peço que a representante discente participe do debate e leve as contribuições para a câmara”, convidou.

A aprovação da Política para Mães da UnB foi um dos principais assuntos discutidos no encontro. A reitora Márcia Abrahão avalia que a medida será um grande avanço. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

Com relação ao uso do Centro Olímpico pelos estudantes moradores da CEU nos finais de semana e feriados, a reitora solicitou ao chefe de gabinete para verificar a situação com a direção do CO e pediu aos estudantes que enviem as solicitações também por e-mail, para que a Reitoria envie aos setores competentes, via Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Luísa Valadares informou que o prefeito da UnB, Valdeci Reis, se disponibilizou a dar seguimento à reforma dos centros acadêmicos, principalmente aqueles afetados pelas fortes chuvas ocorridas em fevereiro. A diretora do DCE, Bárbara Calisto, também participou da reunião.

TRANSPORTE – Outra demanda é um transporte específico para estudantes da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) que fazem estágio no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e precisam retornar para as aulas. “Precisamos ver o número de estudantes e os horários para ver se é o caso de tratar com a direção da FCE ou com a Prefeitura da UnB. Neste caso, seria como o transporte para atividades de campo, que diversos cursos utilizam”, explicou Márcia Abrahão.

O DCE ficou responsável também por verificar o número de estudantes que utilizariam os restaurantes universitários dos campi de Ceilândia e Planaltina, já que o do Gama já está funcionando em fins de semana e feriados.

ENEI – O Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (Enei) ocorrerá na UnB, entre 12 e 16 de agosto de 2024. A presidente da Associação dos Acadêmicos Indígenas (AAIUnB), Manuele Tuyuka, que também é diretora do DCE, pediu apoio da Reitoria para que o RU cobre dos participantes do Enei o mesmo valor que os estudantes da UnB pagam.

“O encontro deve ser cadastrado como atividade de extensão para que a gente consiga fazer a intermediação com o RU. O Decanato de Extensão está à disposição para ajudá-las a viabilizar”, orientou Olgamir Amancia.

ASSISTÊNCIA – O diretor do DCE Caio Saad perguntou se a Universidade poderia utilizar outros recursos para cobrir os valores dos editais que foram abertos com previsão de orçamento de emendas parlamentares. A reitora Márcia Abrahão explicou que a UnB utiliza principalmente recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) para a assistência estudantil. Os recursos de emenda individual ou de bancada destinados por parlamentares para a assistência estudantil são adicionais.

“Além do dinheiro do Programa Nacional de Assistência Estudantil e de recursos próprios que investimos na assistência da UnB, os valores de emenda são fundamentais para continuarmos garantindo e ampliando a permanência na Universidade. Eu, como reitora, vou sempre aceitar esses recursos. Precisamos pressionar para que o Governo Federal libere o quanto antes”, afirmou.