HOMENAGEM

Solenidade marcou o reconhecimento à carreira do docente, que tem o nome gravado na história da Geologia brasileira

Welitom Rodrigues Borges, diretor do IG; Carlos José de Souza Alvarenga, homenageado com o título de Professor Emérito; e reitora Márcia Abrahão. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Entre amigos, familiares e colegas, o professor do Instituto de Geociências (IG) Carlos José de Souza Alvarenga recebeu, no dia 22, o título de Professor Emérito da UnB. A solenidade ocorreu no Auditório da Reitoria, campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. A outorga foi aprovada em março pelo Conselho Universitário (Consuni).

 

“O Conselho Universitário aprovou o título por aclamação”, disse a reitora Márcia Abrahão. “A sua vida profissional, sua dedicação à Geologia no Brasil, e a importância da sua contribuição para a formação de geólogos mais do que comprova a decisão do Consuni”, destacou a reitora, que citou a relevância em se manter os trabalhos de mapeamento geológico, cada vez mais raros como trabalhos finais nas universidades. 

 

“O professor Alvarenga fez uma descrição detalhada da sequência deposicional do grupo Cuiabá e das mineralizações auríferas e hoje a gente vê que Cuiabá é a terceira província aurífera do Brasil e seu trabalho sempre é referenciado como um dos melhores de sedimentação e descrição da metalogenética”, disse o diretor do IG, Welitom Rodrigues Borges.

O docente Carlos José de Souza Alvarenga (IG/UnB) é recebido com aplausos por amigos, familiares e colegas. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

“Isso tudo me deixa muito alegre”, agradeceu Carlos José. “É uma grande satisfação estar aqui para receber essa homenagem e saber que contribuí de alguma forma com o curso de Geologia da UnB”, disse. “O recebimento dessa honraria me trouxe recordações de como toda a minha carreira começou.”

 

O docente recordou o primeiro contato com a UnB, em 1970, quando sua família se mudou para Brasília. “Fui estudar no CIEM [Centro Integrado de Ensino Médio] para concluir o último ano do antigo 2º grau”, lembra-se. O CIEM era uma unidade da UnB onde hoje funciona um dos prédios do Hospital Universitário. “O ensino era em tempo integral e passava o dia todo no campus. Aqui desenvolvi meu gosto pelo estudo atento, pela reflexão e a busca à solução de problemas, aspectos fundamentais para o professor e pesquisador que vim a me tornar”, disse.

 

TRAJETÓRIA – Graduado em Geologia em 1975, Carlos José de Souza Alvarenga concluiu o mestrado na UnB em 1978 e o doutorado na mesma área na Université d'Aix-Marseille 3, em 1990. Pesquisador 1A do CNPq, é professor titular aposentado da UnB, onde atua como Pesquisador Colaborador Sênior nas áreas de estratigrafia, sedimentologia e geologia de campo.

 

“É muita responsabilidade estar aqui hoje para contar a história tão brilhante do Alvarenga”, disse o professor do IG Roberto Ventura Santos. “Alvarenga tem contribuído de maneira significativa para a Geologia brasileira, especialmente com o conhecimento de um período crucial na história do nosso planeta, a era do neoproterozoico”, apontou. “Essa era que precede a explosão da vida como conhecemos traz questões fascinantes para a ciência, por exemplo o que mudou no ambiente da Terra que permitiu a expansão da vida após o final do neoproterozoico”, citou.

 

“Foi justamente nesse campo que Alvarenga nos ajudou a dar grandes passos em direção ao entendimento dessas mudanças, particularmente em relação ao registro geológico do Brasil Central”, disse.

 

 Confira a íntegra da cerimônia, transmitida pela UnBTV: 

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.