DIRETRIZES

Saiba mais sobre o documento que orienta a atuação da Universidade na área. Estratégia, proteção às criações e fomento estão entre eixos de ação

Pesquisadores no Laboratório de Tecnologia de Medicamentos, Alimentos e Cosméticos (LTMAC) da Faculdade de Ciências da Saúde (FS). Entre as linhas de atuação do espaço, está a impressão de medicamentos 3D. Foto: Anastácia Vaz/Secom UnB

 

Softwares, programas de computador, novos fármacos e tratamentos de saúde, descobertas de moléculas com potencial biotecnológico, tecnologias sociais. Essas são apenas algumas das diversas invenções desenvolvidas no ambiente acadêmico que estão no escopo do que se denomina por inovação.

 

Na Universidade de Brasília, ações estratégicas têm sido delineadas para ampliar a geração de soluções com impacto positivo para a sociedade, integrar as estruturas à frente da gestão e do desenvolvimento de ciência e tecnologia na instituição e estimular a cultura de inovação entre a comunidade universitária. As iniciativas institucionais têm sido direcionadas pela Política de Inovação da UnB.

 

Alinhado às exigências legais para a realização da atividade, o instrumento estabelece as diretrizes para a promoção da inovação numa perspectiva transversal ao tripé ensino, pesquisa e extensão. Também toma a inovação como essencial para auxiliar no desenvolvimento econômico e social, regional e do país.

 

“O impacto da Política de Inovação para a UnB é, sobretudo, a possibilidade de transferência de conhecimento que é gerado na Universidade nas mais diferentes áreas, como ações, atividades, produtos que são úteis para a sociedade”, enfatiza a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter.

 

A Política orienta, ainda, sobre os processos para proposição de empreendimentos e de incubação de empresas e as diretrizes para apoio a projetos de inovação e de políticas públicas, prestação de serviços tecnológicos, criação de plataformas tecnológicas e proteção da propriedade intelectual.

 

>> Confira a Resolução nº 006/2020, que estabelece a Política de Inovação

 

Entre as premissas da normativa, está a consolidação do ambiente de inovação da UnB, constituído pelo Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), pelo Parque Científico e Tecnológico (PCTec), pelas unidades acadêmicas e pelos centros vinculados à Reitoria, além de órgãos complementares. Estes entes têm atuado em cooperação para apoiar a produção de conhecimento e a criação de produtos e serviços de inovação.

 

Criado em 2016, o DPI está à frente da promoção, coordenação e supervisão da política, atuando com maior ênfase na temática a partir da Diretoria de Pesquisa (Dirpe) e do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT). Compete à Dirpe o apoio à formação de parcerias e redes entre pesquisadores e o setor produtivo, além de mapear pesquisas e infraestrutura científica e tecnológica da Universidade.

 

A proteção às criações tecnológicas e aos licenciamentos também está prevista como atribuição institucional disposta na Política de Inovação. Atualmente, a UnB tem mais de 700 ativos intangíveis protegidos, entre patentes, programas de computador, marcas, desenhos industriais e cultivares, além de ter efetuado 182 transferências tecnológicas nos últimos 25 anos.

 

A salvaguarda, a gestão e o apoio nestes processos são viabilizados pelo CDT por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), que também dá suporte a ações de incubação e empreendedorismo na Universidade.

 

Outro aspecto relevante diz respeito ao fomento ao desenvolvimento de atividades de inovação. A aproximação da Universidade a outras instituições públicas e privadas que demandam ou incentivam a geração de ciência e tecnologia tem sido caminho para alavancar a área.

 

“A Política de Inovação também abre a possibilidade de cooperação da Universidade não só com os parceiros tradicionais, que são o governo federal e do Distrito Federal, mas também com outras instituições do setor privado que atuam no país, inclusive com captação de recursos para a Universidade”, menciona Maria Emília Walter.

 

Segundo ela, a Política ultrapassa o tradicional modelo de produção da inovação focado na tríplice hélice – constituída por academia, governo e empresas –, incluindo também como alicerce as tecnologias sociais e o meio ambiente.

 

O elo entre os diferentes atores no processo de inovação tem se fortalecido com o trabalho do PCTec, que desenvolve ações voltadas a parcerias e à atração de investimentos em inovação. As unidades acadêmicas e os centros também podem auxiliar no fomento à inovação, seja na busca por recursos seja na realização de atividades na área.

 

RETROSPECTO – Instituída em 2020, a Política de Inovação foi discutida e aprovada em duas instâncias da administração superior: no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e no Conselho Universitário (Consuni). A construção da resolução mobilizou um grupo de trabalho que avaliou as políticas de inovação em outras universidades e atuou em diálogo junto às unidades acadêmicas. A normativa atendeu, ainda, a determinações legais para que a UnB elaborasse o documento.

 

“Este é um divisor de águas para a UnB, assim como foi o Plano de Internacionalização, pois é o primeiro documento de nossa história que versa sobre o tema da inovação”, celebrou o vice-reitor Enrique Huelva no momento da aprovação da Política.

 

Saiba mais sobre a Política de Inovação da UnB:

 

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