Na última quarta-feira (7), o diálogo com a reitora Márcia Abrahão reuniu, no auditório da Reitoria, os servidores do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC). Na conversa, eles debateram o papel das universidades, a autonomia e os desafios para o esporte e a saúde mental da comunidade acadêmica, entre outros assuntos. Também foram tiradas dúvidas sobre a flexibilização da jornada de trabalho.
“O DAC é um setor que assimila muito as questões de nossa comunidade. Em um momento em que temos uma sociedade adoecida, em todo o mundo, precisamos incorporar a busca de soluções em nossas políticas internas”, frisou a reitora. Um dos destaques do diálogo foi a criação da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu), em abril de 2019.
“Assumi o decanato para colocar a minha experiência profissional e de vida a favor da UnB. Tenho a missão de fazer uma virada em relação à saúde”, comentou o decano de Assuntos Comunitários, Ileno Izídio da Costa – que é professor do Instituto de Psicologia (IP) e ex-aluno da Universidade, beneficiário de programas de assistência estudantil. “Este é o momento em que precisamos dar as mãos e trabalhar em rede, especialmente diante dos ataques externos”, acrescentou.
A diretora da Dasu, professora Larissa Polejack agradeceu a “doação” de servidores de outras áreas para a composição da diretoria. Também mencionou a aproximação com o Hospital Universitário e com o Polo de Prevenção de IST e Aids para a melhoria do atendimento em saúde à comunidade acadêmica. “Uma questão que tem sido fundamental para a gente é a flexibilização (dos servidores técnicos). Não há como funcionarmos em horário restritivo, especialmente porque trabalhamos com o atendimento de pessoas em situação de sofrimento”, pontuou.
FLEXIBILIZAÇÃO – A mesma preocupação foi externada por outros diretores do DAC. A reitora explicou que, em 2017, um relatório da CGU apontou a concessão da jornada flexibilizada de trabalho para praticamente a totalidade da Universidade. “Isso, obviamente, não era verdade. Já respondemos ao relatório. Além disso, no fim de 2018, foi publicada uma instrução normativa, pelo então Ministério do Planejamento, que restringe a possibilidade de redução de jornada para algumas áreas”, detalhou Márcia.
Agora, após o assunto ter sido novamente deliberado pelo Conselho de Administração, uma comissão avalia os pedidos de flexibilização, com visita in loco. “O que estamos tentando fazer é regulamentar o teletrabalho, mas qualquer proposta nesse sentido dependerá de autorização do Ministério da Economia”, acrescentou a reitora.
Outro assunto debatido no encontro foi a situação orçamentária da Universidade. “Uma questão que nos angustia muito é a renovação contratual, prevista para janeiro”, disse a diretora do Restaurante Universitário, Cristiane Moreira. Atualmente, com o bloqueio orçamentário de cerca de 30% do orçamento discricionário na Fonte Tesouro, a Universidade já encontra dificuldades para encaminhar licitações e renovações, uma vez que os recursos estão indisponíveis no sistema
ACESSIBILIDADE – Também houve diálogo sobre as condições de acessibilidade nos campi. “Nossa estrutura já não responde mais a todos os anseios da comunidade. Uma das coisas mais importantes é a manutenção do carro do PPNE, ou quem sabe, a compra de um novo veículo, que possibilita um serviço muito elogiado pelos estudantes”, apontou a coordenadora de Apoio às Pessoas com Deficiência (PPNE), Thaís Imperatori.
Márcia acolheu a demanda, e lembrou que a Universidade tem procurado manter investimentos, a despeito da difícil situação orçamentária. Uma das prioridades no plano de obras, por exemplo, diz respeito a adequações de acessibilidade e segurança, apontadas pelo Corpo de Bombeiros. “Vamos continuar trabalhando juntos para dar, cada vez mais, qualidade de vida a todos de nossa comunidade”, disse.
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