GESTÃO 2016/2020

Chefe da unidade, professor Abimael Barros Costa detalha o trabalho do setor, que faz o elo entre Universidade e órgãos de controle

 

Para abordar desafios e perspectivas de diferentes unidades acadêmicas e administrativas, a Secretaria de Comunicação entrevista gestores da Universidade de Brasília. Auditor-chefe da Auditoria Interna da UnB, o professor Abimael Barros Costa apresenta à comunidade potencialidades e projetos de ação do órgão.

 

Foto: André Reis/Secom UnB
Equipe da Auditora Interna, com o auditor-chefe ao centro. Unidade funciona no Bloco de Salas de Aula Eudoro de Sousa (Baes). Foto: André Reis/Secom UnB

 

A troca de uma lâmpada estragada em sala de aula aparentemente não se relaciona com o serviço da Auditoria Interna (AUD) da Universidade de Brasília. Mero engano. O trabalho da unidade contribui em diferentes demandas da instituição, da análise de complexos contratos licitatórios à avaliação e recomendação de ações que envolvem a manutenção de espaços de uso comum.

 

"Talvez a comunidade em geral não consiga perceber como a Auditoria contribui no seu dia a dia. Nossa atuação é uma parcela do grande esforço da Universidade para alcançar índices de excelência e o melhor desempenho em rankings internacionais. É importante destacar que a unidade tem um corpo técnico excelente, que está ganhando experiência no diálogo com a comunidade de gestores da UnB", introduz o auditor-chefe da unidade, Abimael Costa.

 

A AUD agrega valor à Universidade e contribui para o alcance das metas e dos objetivos estratégicos, que envolvem a oferta de ensino, pesquisa e extensão de excelência. A missão ganha centralidade dado o empenho da UnB na busca por modernização e eficiência de seus processos e serviços. “Somos uma unidade de suporte à alta administração, auxiliando gestores no alcance de suas metas, identificando gargalos e pontos de melhoria, e contribuindo com a elaboração de planos de ação que são sugeridos para a instituição executar”, resume o gestor. 

Foto: André Reis/Secom UnB
Professor da FACE, o auditor-chefe Abimael Costa estará à frente da AUD até 2022. Foto: André Reis/Secom UnB

 

Órgão de assessoramento do Conselho de Administração (CAD) desde 1986, a AUD foi fortalecida em junho deste ano com a aprovação de seu regimento próprio. Atualmente reunindo dez profissionais, o setor concluiu 29 ações de auditoria nos últimos quatro anos. Como objeto do trabalho pode-se citar a análise preventiva de editais de licitação, ações em contratos, convênios e controles internos. 

 

Experiente na área de controle e auditoria, o auditor-chefe Abimael Costa é professor da Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão de Políticas Públicas (Face). Já atuou como auditor-chefe e como diretor-executivo no Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). Com a missão de conduzir a AUD até junto de 2022, o especialista apresenta à comunidade potencialidades e projetos de ação do órgão. "Tenho um amor muito grande pela Universidade de Brasília. Quando criança sonhava em estudar aqui e hoje me sinto extremamente feliz em colaborar com a instituição."

 

Como são selecionados os projetos a serem auditados pelo órgão?
Utilizamos como base o planejamento estratégico da Universidade, que contém os macroprocessos, e também o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Atuamos a partir dos macroprocessos, que incluem tanto atividades finalísticas (ensino, pesquisa e extensão), quanto atividades de gestão de pessoas, orçamentária, financeira e de infraestrutura. Aplicamos a metodologia de gestão de fatores de risco para, aliada à percepção da alta administração, selecionar quais macroprocessos são mais relevantes de serem auditados em ciclos anuais de trabalho. A partir daí, a unidade elabora seu Plano Anual de Auditoria Interna. Ele é validado pela reitora, aprovado pelo Conselho de Administração (CAD) e encaminhado para avaliação e aprovação da Controladoria-Geral da União (CGU). Então, começamos a operar com todas atividades contidas no documento.

 

O acompanhamento dos macroprocessos é restrito aos aspectos orçamentários e financeiros? 
Além de aspectos orçamentários e financeiros, fazemos trabalho de auditoria na melhoria de controles internos, na avaliação da implementação do gerenciamento de risco. Colaboramos avaliando tanto grandes processos de gestão quanto atividades como folha de pagamento de pessoal. Para cada auditoria aprovada no Plano Anual de Auditoria Interna, são alocados auditores. Ao fim do ciclo de execução, esses profissionais elaboram relatórios de auditoria ou, no caso de trabalhos de consultoria, notas técnicas. São os produtos do nosso trabalho.

 

Pode citar exemplos da atuação da AUD em 2019? 
Um dos diversos processos em que atuamos foi para que a Universidade implementasse um plano de manutenção preventiva dos espaços de uso comum, basicamente os blocos e prédios de sala de aula. Isso envolve diversos reparos, como trocas de lâmpadas ou tomadas. Pedimos à Prefeitura da UnB (PRC), que tem contratos de manutenção preventiva e corretiva, para desenvolver um grande plano nesse sentido. A PRC já nos apresentou algumas ações em andamento e está consolidando o plano completo. Vamos acompanhar as ações a serem implementadas. Outro exemplo é referente a contratos que envolvam obras. Colaboramos indiretamente com diversos contratos relacionados à infraestrutura, principalmente aqueles realizados na modalidade do Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Hoje, grande parte da execução do plano de obras da UnB está sendo feita por essa modalidade, não utilizando a lógica da Lei 8.666. É uma grande inovação para a instituição. Isso porque a RDC permite uma execução mais ágil para contratação de obras. A área de infraestrutura nos relatou que em algumas contratações o prazo caiu para 35 dias, o que é bem célere considerando o menor prazo previsto pela Lei 8.666, que é de 90 dias. 

 

Cabe à AUD identificar irregularidades na Universidade? Quais medidas são adotadas? 
Faz parte do processo de auditoria identificar alguma não conformidade. Caso exista a situação nos processos auditados, damos ciência à reitoria ou ao órgão competente para que sejam implementadas ações de melhoria ou procedimentos de correção. Atuamos em diálogo com instâncias da Universidade como Conselho de Administração, Procuradoria Jurídica, Comissão Permanente de Avaliação de Documentos. Cabe mencionar que a AUD é um pilar da governança da Universidade, colaborando de forma preventiva. Quanto mais a unidade atuar de forma preventiva, mais a Universidade terá condições de rever seus processos e, então, implementar melhorias. O papel da AUD não se confunde com o da CGU, nem tão pouco com o do Tribunal de Contas da União (TCU). Atuamos em parceria com esses órgãos, auxiliando-os quando realizam algum trabalho de auditoria na instituição. Nossa atuação é fundamental para detalhar às auditorias externas o funcionamento da Universidade. Fazemos interlocução entre CGU, TCU e UnB.

 

O Conselho de Administração da UnB aprovou recentemente o regimento da AUD. Qual a importância dessa regulamentação?
Além de ser um documento com obrigatoriedade legal, o regimento institucionaliza o papel e a contribuição da Auditoria Interna para a Universidade de Brasília. Nele constam estrutura da unidade, competências dos auditores, serviços que devem ser prestados à Universidade, grandes necessidades de gestão e de melhoria da qualidade da área. A unidade foi criada em 1986 e, passados 33 anos, pela primeira vez tem seu regimento. É uma grande conquista. 

 

Qual sua expectativa à frente da AUD pelos próximos três anos? 
Minha expectativa é colaborar com a Universidade, buscando reestruturar os processos organizacionais da área, e aproximá-la dos gestores. A Auditoria tem muito a contribuir, principalmente depois da aprovação do regimento interno, que valida nosso forte foco em auditoria, mas também em consultoria, avaliação e controle interno de riscos. Para colocar em prática o regimento, concluímos por meio de uma comissão a releitura e revisão do planejamento estratégico da unidade. Nele constam nossa missão, visão e valores, de modo a comunicar com a comunidade o que a área vai perseguir daqui para frente. Esse documento já está à disposição do DPO, que faz todo o trabalho de consolidação do planejamento estratégico da Universidade. Em outra comissão, estamos trabalhando no desenho do Programa de Gestão e Melhoria da Qualidade da Auditoria Interna, item que consta no regimento e de observância obrigatória pela CGU. 

 

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