DIÁLOGO

Mesmo com a crise orçamentária, gestão ampliou em 43% o orçamento da faculdade, que passou de R$ 772 mil para R$ 1,103 milhão

A gestão dos recursos da Face foi destaque na reunião. Unidade executou 98,9% dos recursos no ano passado. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

A Administração Superior da Universidade de Brasília esteve na Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face) para dialogar sobre demandas e tirar dúvidas da unidade. A reitora Márcia Abrahão parabenizou a comunidade pelos índices positivos de execução de recursos e pelas articulações que viabilizam a realização de projetos na UnB. O encontro ocorreu na terça-feira (2), no Auditório Azul da faculdade.

“A Universidade de Brasília é muito bem preparada pela própria lei de criação, que pretende torná-la autônoma e capaz de gerir projetos e arrecadar recursos próprios, correspondendo a cerca de 40% do orçamento da Universidade”, disse a reitora, que parabenizou a Face pelo índice de 98,9% de execução dos recursos em 2023. “Apesar de todas as dificuldades orçamentárias, conseguimos ampliar em 43% o orçamento da faculdade, que passou de R$ 772 mil para R$ 1,103 milhão”, lembrou Márcia Abrahão.

“Os departamentos que compõem a faculdade possuem cultura, dinamismo, autonomia administrativa e orçamento próprios com critério de descentralização”, enalteceu o diretor da Face, José Márcio Carvalho. Ele explicou que as unidades têm utilizado a captação de recursos para impulsionar a cultura de projetos. “Nós temos um grande presente pelo fato de a UnB estar na capital do Brasil, junto a órgãos especializados em atuar nessas áreas.”

Uma das dificuldades apontadas pelo professor é o histórico de construção do prédio. “Esse prédio é bonito, útil, porém enfrenta problemas de construção que custam para a faculdade.” Carvalho também aproveitou para solicitar mais celeridade nos processos de internacionalização. “Desenvolvemos editais que auxiliam os professores a estabelecerem parcerias internacionais, e temos enfatizado parcerias principalmente na Ásia, China e Índia”, acrescentou o diretor.

A chefe do departamento de Gestão de Políticas Públicas, Christiana Soares, mencionou que apenas dez professores efetivos estão em exercício, havendo uma média de 34 estudantes para cada docente. “Contribuímos muito para o fortalecimento da Face, e gostaria de sensibilizá-los, pois realmente precisamos de mais docentes trabalhando aqui, para que possamos oferecer um melhor suporte aos nossos alunos e investir mais na produção de conhecimento”.

A reposição do quadro funcional foi citado pela chefe do departamento de Gestão de Políticas Públicas, Christiana Soares. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

Para o diretor-geral do Centro Acadêmico de GPP/UnB, Lucas Alipaz, o baixo número de docentes e técnicos prejudica os estudantes em oportunidades de estágio e de projetos de extensão. Devido à falta de reposição do número de servidores, extinções de cargos e requisições obrigatórias feitas por outros órgãos da Administração Pública, a Universidade de Brasília enfrenta um déficit no quadro de profissionais.

“Começamos a negar as requisições e pedir reconsideração quando não podemos recusar e, somente neste ano, foram mais de 150 pedidos”, explicou a reitora Márcia Abrahão. Ela afirmou que a UnB, representada pela decana de Gestão de Pessoas, Maria do Socorro Gomes, tem atuado junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Ministério da Educação (MEC) para elaborar proposta de reestruturação da carreira de técnicos e de ampliação de funções e de servidores.

A reitora afirmou ainda que a Face contribui para os indicadores acadêmicos da UnB e para o aperfeiçoamento profissional e a permanência dos servidores na Universidade, devido à parceria com a Reitoria para a oferta de turmas de mestrado profissional exclusivas para os técnico-administrativos. A Face e o DGP agora estão preparando oferta de doutorado profissional para os técnicos.

O chefe do Departamento de Administração da Face, Rodrigo Rezende, falou sobre a quebra de vínculo do curso de pós-graduação lato sensu com a graduação: “Dessa forma, a pós-graduação passou a ser gerenciada diretamente pela faculdade, e o curso de graduação não tem um curso de pós sob sua tutela”. A vice-diretora da Face, professora Mariana Guerra, e a diretora de pós-graduação do DPG, professora Diana Pinho, informaram que a Câmara de Pós-Graduação está discutindo meios de resolver esses casos específicos.