A Universidade de Brasília é a oitava melhor universidade brasileira, de acordo com o ranking Times Higher Education (THE) 2019, divulgado nesta quarta-feira (26). A UnB subiu três posições em relação à última classificação desta consultoria (que a colocava como a 11ª melhor do país). Também houve avanço ao se considerar apenas as instituições federais de ensino superior: da sétima para a quinta posição. Em relação ao ranking global, a UnB manteve a mesma classificação do ano passado, na faixa que compreende as posições 801-1.000 do THE global.
A reitora Márcia Abrahão parabenizou a comunidade acadêmica e lembrou que os resultados acadêmicos dependem de investimento a longo prazo em educação e ciência. “Temos hoje uma geração inteira de docentes em pleno auge da produção acadêmica, contratados há cerca de dez anos, durante a expansão da UnB”, comenta.
“Nossa classificação nos rankings internacionais é reflexo do empenho da nossa comunidade: dos nossos docentes, estudantes e técnicos em suas atividades cotidianas. Este ranking, como outros, verifica alguns aspectos das ações da UnB, que têm papel fundamental no ensino superior, na pesquisa e no desenvolvimento do Brasil”, destaca.
O THE é uma consultoria britânica especializada em avaliações sobre ensino superior em todo o mundo. Para a elaboração do ranking, são consideradas cinco áreas: ensino, pesquisa, impacto de citações, rendimento obtido a partir da relação com a indústria e perspectivas internacionais. A UnB ficou de fora do THE global de 2017, divulgado em 2016, e reingressou no ranking no ano passado.
Além dessa classificação, em 2018 a Universidade passou a figurar na lista das melhores universidades da “época de ouro” e das melhores instituições de países emergentes – ambas também organizadas pela THE.
REPUTAÇÃO – A diretora de Avaliação e Informações Gerenciais do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DAI/DPO), Andrea Cabello, ressalta que a Universidade tem se destacado, ao longo do tempo, nos quesitos de reputação acadêmica e internacionalização. “Estamos na capital da república, próximo a embaixadas, e isso conta a nosso favor”, observa.
Ela aponta a melhora do desempenho da UnB no índice que diz respeito ao rendimento obtido a partir da indústria. No ano passado, a instituição recebeu 31,7 pontos; este ano, foram 37,6. “Além da excelência em pesquisa pura, estamos ampliando a colaboração com o setor produtivo, por meio de pesquisa aplicada”, esclarece.
A Universidade também alcançou melhor pontuação no quesito impacto das citações (de 19,1 para 25,8), embora esse ainda permaneça um desafio para a instituição. “Essa questão afeta todas as instituições de ensino superior da América Latina, porque ainda publicamos poucos artigos científicos em inglês”, explica.
Entre os esforços para ampliar a sua relação com outros países, recentemente, a UnB ingressou no Grupo Montevidéu de Universidades (AUGM) e instalou a Casa Franco-Brasileira da Ciência no campus Darcy Ribeiro. Os programas de pós-graduação aprovaram o ingresso de mais 36 estudantes estrangeiros em 2019, dentro do convênio da UnB com o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Itamaraty.
No primeiro semestre, a Universidade também aprovou o primeiro Plano de Internacionalização de sua história. O investimento em uma política linguística é uma das medidas em vista. Também houve a aprovação da Universidade no edital do Programa Institucional de Internacionalização da Capes (Capes Print), por meio de um projeto que contempla diversas áreas de excelência da UnB de maneira transversal.