MEMÓRIA

Livro a respeito dos 50 anos do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia tem previsão de lançamento em maio

Professor Tiago Almeida (blusa marrom) na reunião da Assessoria do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (ASCCT) com os pesquisadores do livro sobre os 50 anos do CCT. Foto: Rodrigo Cabral/Ascom MCTI

 

O professor do Departamento de História (HIS/ICH/UnB) Tiago Almeida, junto a Laura Luedy, egressa da Universidade, trabalham na produção de livro a respeito dos 50 anos do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), a convite do órgão.  

 

Composto por representações governamentais, civis e científicas, o CCT é um órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e tem propósito de elaborar políticas públicas na área da ciência, tecnologia e inovações. Em busca de resolver conflitos na memória, “o CCT achou que valia a pena convidar pesquisadores da área de ciências humanas, historiadores, para tentar escrever essa história de 50 anos”, descreve o docente.  

 

ORIGEM – A pesquisa histórica traz, por exemplo, novas informações acerca do início do CCT. “Segundo os sites oficiais do governo, uma informação muito difundida até recentemente apontava que o CCT havia sido criado em 1996. Mas outros documentos e outros relatos, sobretudo de participantes das discussões sobre a organização política da ciência no Brasil, falavam que o CCT nasceu em 1975”, conta Tiago Almeida. Isto aconteceu porque, em 1975, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deixou de ter conselho deliberativo e o CCT foi instituído, na época, com o nome “Conselho Científico e Tecnológico”.  

 

Segundo Almeida, a metodologia utilizada se baseia na busca de arquivos. Para a pesquisa dos primeiros 10 anos do CCT, as documentações do CNPq foram utilizadas. Em 1985, o Ministério da Ciência e Tecnologia foi criado. Sua permanência, contudo, passou por intercorrências, virando uma Secretaria Especial da Presidência. 

 

Neste momento, “justamente por conta dessa nova situação institucional, o CCT começou a elaborar uma documentação própria, que foi preservada tanto no acervo próprio do CCT, quanto também no acervo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”. Para o professor, este é o momento de origem dos documentos oficiais, pois a partir daí os pesquisadores conseguiram levantar registos de encontros, reuniões e debates. 

 

Além da história das ciências, tecnologias e inovação, o projeto permeia a história pública. A multidisciplinaridade também envolve as áreas de Administração e Arquivologia. Segundo o professor, o intuito é “transformar o acervo documental do CCT num espaço de pesquisa, para historiadores, sociólogos, cientistas e políticos. Enfim, todos aqueles interessados na história das políticas públicas de ciência e tecnologia no Brasil”. 

 

O financiamento da pesquisa ocorre em parceria do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). Cada um dos pesquisadores da UnB recebe uma bolsa via Finatec. 

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

 

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