Com foco em diferentes eixos da sustentabilidade, o primeiro seminário internacional sobre o tema organizado pela UnB reuniu especialistas e interessados no assunto. Durante dois dias (5 e 6), palestras e debates baseados em ideias e soluções práticas dominaram o auditório da ADUnB, no campus Darcy Ribeiro.
Adelmir Santana, presidente do Sesc-DF, instituição parceira na organização do evento, juntamente com o Laboratório de Pesquisa sobre Gestão do Esporte (Gesporte) e com o Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB, ressaltou a importância do debate sobre sustentabilidade, apontando a necessidade de práticas ecologicamente conscientes no dia a dia.
“Os especialistas técnicos e acadêmicos vão nos mostrar a gravidade dessa questão se nós não a encararmos com seriedade. Isso significa participar, estar junto, ouvir, difundir. Trata-se de um assunto que ocupa lugar de destaque mundialmente”, disse, reforçando a necessidade de envolvimento com o tema.
O decano de Assuntos Comunitários da UnB, André Reis, representou a administração superior no encontro. Ele destacou o papel de liderança da Universidade no assunto.
"Precisamos ter um desenvolvimento sustentável que seja correto, viável, socialmente justo e culturalmente diverso. E aí entra o papel da Universidade em trazer esse debate, ser transparente, mostrar que estamos aqui não apenas para trabalhar o conhecimento acadêmico dentro de nossas paredes, mas levar o conhecimento que contamina, participa, promove políticas públicas e mudanças na sociedade”, projetou.
OBJETIVOS – A exposição dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), nortearam o início das discussões técnicas. Trata-se de 17 metas que devem ser cumpridas até 2030, entre as quais estão o combate a alterações climáticas e a disponibilização de saneamento e energia acessível e limpa à população.
O assessor especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Luís Fernando de Lara Resende, mencionou desafios relacionados à realização dos ODS e à complexidade de suas metas e indicadores, mas se referiu ao panorama de maneira otimista. “Esses objetivos representam um avanço muito grande frente a outros mecanismos que mensuram o crescimento de uma nação, como o PIB ou mesmo o IDH”, afirmou.
O seminário trouxe, ainda, discussões com especialistas como Thelma Krug, vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Shungo Soeda, especialista japonês em resíduos sólidos, Maurício Tolmasquim, professor de planejamento energético, Célio Bermann, autor de livros sobre energia, e os mediadores Izabel Zaneti, Maurício Amazonas e Thomas Ludewigs, docentes do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB.