O Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) da UnB quer envolver a comunidade na discussão de melhorias sobre qualidade de vida e condições de segurança da instituição. Com esse intuito, foi lançado, nesta segunda-feira (9), o edital do projeto Segurança Cidadã, que selecionará bolsistas para coleta de dados sobre o tema nos quatro campi da Universidade. As inscrições estão abertas até 16 de outubro.
Podem participar estudantes de graduação e de pós-graduação que atendam aos critérios estabelecidos no edital. Serão concedidas 20 bolsas para aplicação de questionários a todos os segmentos da comunidade acadêmica, e outras duas para atividades de tratamento estatístico dos dados – todas no valor de R$ 400, pagas mensalmente durante o período da pesquisa.
Segundo o decano de Assuntos Comunitários, André Reis, o projeto quer ouvir estudantes, docentes, técnicos administrativos e colaboradores da UnB em busca de indicativos da percepção de segurança na Universidade, além de se propor a mapear os principais problemas nesse quesito. Os resultados irão auxiliar no desenvolvimento de ações na instituição.
“Nós precisamos de uma segurança estratégica e inteligente, que saiba como prever incidentes e que possa estar sistematizada nos locais e momentos em que ocorre alguma situação”, afirma o decano.
A pesquisa será realizada ao longo de dois meses, com início já em outubro deste ano. As informações obtidas serão divulgadas posteriormente à comunidade. Os selecionados no edital receberão treinamento para a aplicação do questionário e serão supervisionados por pesquisadores da UnB vinculados à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Os bolsistas serão distribuídos em pontos estratégicos da instituição e passarão nas salas de aula das unidades acadêmicas para a coleta. O questionário também estará disponível para preenchimento online.
Entre as informações a serem levantadas, estão dados sobre perfil socioeconômico da comunidade, sensação de segurança, avaliação da estrutura da instituição, situações em que os respondentes foram vítimas de violência, assédio, crime ou discriminação, além da identificação de desordens sociais nos campi.
De acordo com André Reis, há também a intenção de mapear os horários e locais com maior incidência de situações de insegurança na Universidade, os espaços que necessitam de maiores cuidados quanto à infraestrutura, bem como o grau de exposição e tipos de ações violentas mais corriqueiros. “Precisamos analisar essas questões para entender quais decisões devemos tomar”, diz o decano.
O gestor reforça a importância de todos os membros da UnB participarem da pesquisa. “Estaremos coletando informações importantes para ajudar a desenvolver uma metodologia de trabalho eficaz que seja adequada às reais expectativas do cidadão da UnB." O projeto tem apoio da Secretaria de Administração Acadêmica (SAA) e do Decanato de Ensino de Graduação (DEG).