Por quatro horas diárias, a Biblioteca Central (BCE) da Universidade de Brasília, no campus Darcy Ribeiro, é o lugar habitual de estudos da graduanda em História Maria Júlia Guimarães. Durante o período letivo, o lugar recebe todos os dias cerca de 3.500 pessoas, de dentro e fora da UnB. Para Maria Júlia, a preferência tem justificativa: o silêncio e a disponibilização de cabines individuais, que favorecem a concentração.
Mas, há pouco tempo, ela e outros frequentadores que utilizam equipamentos eletrônicos para os estudos enfrentavam dificuldades com a escassez de tomadas. “Eu evitava ir para a BCE, porque não tinha onde colocar o computador para carregar. Isso acabava me prejudicando muito. Nos espaços onde havia várias tomadas, sempre tinha muita gente e não dava para todo mundo utilizar”, recorda.
No início do mês de novembro, a Biblioteca reabriu o primeiro andar do prédio após uma reestruturação. As baias individuais, que antes ficavam no subsolo, foram posicionadas ali. O local também recebeu 208 novos pontos de energia: um em cada cabine. A mudança trouxe mais comodidade e praticidade para Maria Júlia e outros usuários da BCE. “Ter novas tomadas, distribuídas por baias, facilita muito. Podemos recarregar os equipamentos e até estender o tempo de estudo”, avalia a estudante.
O diagnóstico do problema foi feito por meio de consulta realizada no site e nas redes sociais da Biblioteca. “O mais importante é que a BCE está criando uma infraestrutura para que os alunos possam efetivamente estudar e fazer seus trabalhos da forma como hoje em dia são demandados, com a mediação por tecnologias da informação e da comunicação”, afirma o diretor da BCE, Fernando Leite.
O planejamento e a execução do serviço tiveram apoio da Prefeitura do Campus (PRC). Para a instalação dos novos pontos, foi necessária a instalação de eletrocalhas e de um quadro de energia exclusivo. Thais Barbosa, estudante de Engenharia Mecânica, é outra frequentadora que aprovou a medida. “Às vezes, eu chegava aqui com o notebook descarregado e não tinha tomada. Agora está bem melhor”, elogia.
REORDENAÇÃO – A reformulação das áreas de estudo foi baseada em um levantamento que verificou os níveis de ruído no prédio. A ideia é minimizar incômodos com o excesso de barulho, contemplando também as necessidades diversas dos usuários.
“Havia muitas queixas sobre a falta de um espaço adequado para as pessoas estudarem em grupo, pois o mobiliário disponível era insuficiente para atender a procura. Em todos os andares, as pessoas ficavam pedindo silêncio”, relata a diretora-adjunta da BCE, Marília Augusta de Freitas.
Com a reestruturação, o primeiro andar passou a abrigar todas as baias individuais e algumas mesas compartilhadas de estudo. Por causa da baixa circulação de pessoas e da ausência de guichês de atendimento, o local é considerado mais silencioso que o subsolo, onde as baias ficavam anteriormente.
Por concentrar maior nível de ruído, o subsolo passou a ser área exclusiva para estudos em grupo. “Achamos fundamental as pessoas terem um espaço para troca de conhecimentos, porque os trabalhos em grupo fazem parte da dinâmica universitária”, ressalta Marília. Também há mesas para estudo compartilhado no térreo.
Todo o acervo que ocupava os espaços antes das mudanças foi remanejado, dentro da própria Biblioteca. A BCE adquiriu 40 mesas e 600 cadeiras para aprimorar seu mobiliário. A diretora-adjunta avalia que os benefícios trazidos pelas alterações já são percebidos entre a comunidade acadêmica.
“O número de reclamações era muito alto na Ouvidoria. Nunca mais recebemos essas queixas, nem em relação ao barulho, nem quanto às tomadas”, garante. Marília antecipa que está sendo avaliada a possibilidade de ampliação do número de tomadas no térreo e no subsolo, a exemplo do que foi feito no primeiro andar.
MODERNIZAÇÃO DOS SERVIÇOS – Outras tecnologias implementadas na BCE têm contribuído para facilitar a vida de quem utiliza o espaço. Em março deste ano, a Biblioteca recebeu dois escâneres de autoatendimento, disponibilizados nas proximidades dos guichês de atendimento, no pavimento térreo. Os campi de Ceilândia, Gama e Planaltina também passaram a contar com equipamentos desse tipo. O escâner permite digitalizar obras e enviar o arquivo por e-mail, sem custos.
A BCE também criou um novo canal de comunicação para facilitar a disseminação de informações aos usuários. Novidades, serviços e alterações nos horários de funcionamento podem ser conferidos pela lista de transmissão da BCE no WhatsApp. Para participar do grupo, basta salvar o contato telefônico – (61) 98336 5588 – e enviar mensagem solicitando a adesão.