O calouro em Museologia Vinícius Enomoto, de 20 anos, estava no campus Darcy Ribeiro desde as 7h para aproveitar a Universidade de Brasília e assistir à aula inaugural do semestre letivo. “Como é a primeira vez que frequento um ambiente de estudo após a pandemia, espero que o semestre seja uma boa novidade. Espero conhecer pessoas novas e a diversidade que há na UnB”, disse. “Vendo os prédios do campus, percebo que a arte parece ter uma voz muito forte aqui.”
Para ele, estar no #InspiraUnB representou o início de uma nova fase em sua vida. A aula inagural do segundo semestre letivo da Universidade ocorreu no auditório da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) na tarde da última sexta (25). Estudantes, professores e técnicos-admistrativos lotaram o local para conferir a palestra ministrada pela cientista da computação, pesquisadora e hacker antirracista Nina da Hora, com o tema Além da realidade: Explorando as fronteiras da inteligência artificial.
O estudante de Serviço Social Mateus dos Santos, de 25 anos, contou que a palestra o atraiu pela atualidade do tema. “Hoje as pessoas estão usando inteligência artificial para fazer de tudo, mas até que ponto essa inteligência é melhor que a humana?”, indagou-se.
“Estudar na UnB sempre foi uma meta de vida para mim. Estou amando”, disse ele ao destacar a importância da política de assistência na permanência estudantil. “Sem as bolsas de assistência e dos projetos de extensão dos quais participo, não conseguiria me manter na UnB.”
Filha de pai nigeriano e moradora da Ceilândia, Isabelly Ogunyemi, 19 anos, é a nova aluna do curso de Engenharia de Redes. Animada, a jovem oriunda do ensino público ingressou pelo Acesso Enem/UnB, e fala sobre as expectativas para sua primeira graduação: “Espero gostar do curso, seguir até o final nele e tornar a Engenharia minha profissão futuramente”.
Ao citar as dificuldades superadas para a admissão na Universidade de Brasília, Isabelly aponta a desigualdade social como um fator importante. “É uma conquista porque não há muitas oportunidades para os jovens da Ceilândia. Lá é um lugar onde tem muita cultura, gente que batalha para chegar até aqui e eu fui uma dessas pessoas, que se esforçou bastante para estar na UnB”, comemora a estudante.
Maria Clara Lima, 18 anos, caloura de Publicidade e Propaganda, também reside em Ceilândia e estudou na mesma escola de Isabelly. A discente relata como “lutou para ter nota” e conseguir entrar na UnB, e explica a escolha do curso: “Comunicação é o que desejo aprender, estudar e desenvolver”.
Caloura de Geografia, Erika Ribeiro, 21 anos, fez durante alguns meses o curso em outra instituição, até mudar para a UnB. Para a jovem, que vive na ocupação Favelinha, no Recanto das Emas, a graduação neste curso tem um significado diferente. “Eu moro em ocupação, então fazer geografia é especial porque a gente entende os motivos dentro de um contexto econômico”, pontua a estudante.
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Já a novata Vitória Soares, 19 anos, é de Planaltina e define a entrada no curso de Farmácia como um sonho de infância. “Quando eu via nos desenhos os personagens mexendo com vidrarias e microscópios, sempre brilhavam meus olhos”, descreve a discente com o Manual para Estudantes nas mãos – produzido pelo Decanato de Ensino de Graduação (DEG), o material foi distribuído no evento.
Também moradora de Planaltina, Maria Eduarda Costa, 18 anos, aprovada em Serviço Social, percebe a grande concorrência no vestibular como um dos grandes desafios para fazer parte da Universidade. “No Enem, concorrem pessoas de todo pais", destaca.
O semestre letivo da UnB segue até 23 de dezembro. Informações de apoio aos estudantes estão reunidas no site Boas-Vindas UnB.
Confira o #InspiraUnB 2º/2023 na íntegra, via UnBTV:
*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.