Promover a integração entre instituições de ensino superior do país que atuam na promoção de saúde, compartilhar experiências e identificar potencialidades na área. Esses são os focos do I Encontro Nacional de Universidades Promotoras de Saúde. Organizado pela Faculdade de Ciências da Saúde (FS) da UnB, o evento teve início nesta quarta-feira (25) e marca o lançamento da Rede Brasileira de Universidades Promotoras da Saúde (Rebraups), cuja proposta é articular entidades em torno do tema e fortalecer ações nesse sentido.
Desde 2016, a UnB também integra a Rede Ibero-americana de Universidades Promotoras de Saúde (Riups), entidade que opera com outras instituições de ensino para impulsionar a promoção da saúde em nível internacional, com apoio das organizações Pan-Americana da Saúde (Opas) e Mundial da Saúde (OMS). Em busca de parcerias para ampliar o alcance destas ações no Brasil, a Universidade foi uma das protagonistas na constituição da rede nacional, com apoio da Reitoria.
“Após a certificação na Riups, começamos a trabalhar uma agenda de sensibilização de universidades brasileiras, que culminou neste evento. Nos articulamos com instituições de todas as cinco regiões do país para o lançamento desta rede”, explica a professora Danielle Cabrini, uma das coordenadoras do encontro.
Katia de Pinho Campos, da OPAS/OMS no Brasil, considera a articulação como um importante passo para contribuir no desenvolvimento das políticas adotadas pelo país. É o caso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda construída no âmbito da Cúpula das Nações Unidas, da qual o Brasil pactua. “A promoção da saúde está estrategicamente presente para o alcance desses objetivos”, apontou Katia Campos durante a abertura do evento.
Também presente na ocasião, a decana de Pós-Graduação (DPG), Helena Shimizu, enxerga o protagonismo da UnB nesta iniciativa como um ponto de mobilização para o envolvimento de outras universidades. A gestora acredita que a rede instigará mudanças no atual modelo de saúde do país. “A UnB tem uma preocupação muito grande com esse tema, atuando, por exemplo, na saúde do trabalhador. A promoção da saúde ainda é um direito a ser conquistado pela população brasileira”, opinou a decana.
As ações de saúde promovidas pelas instituições mobilizadas também se refletem no próprio cotidiano das comunidades acadêmicas. Na UnB, alguns exemplos concretos podem ser vistos na FS. Diretora da unidade, a professora Karin Oliveira mencionou iniciativas, como a implantação do Espaço Coletivo Cora Coralina – ambiente para realização de refeições –, a criação de uma horta coletiva no prédio da faculdade, de um redário e de um espaço de leitura como alguns dos avanços no fortalecimento de políticas de saúde para a comunidade.
CONTINUIDADE – A programação do encontro nacional segue até sexta-feira (27), com mesas-redondas, painel, impressões e aprendizagens. Além de discutir a gestão da nova rede, refletir sobre iniciativas de saúde encabeçadas pelas universidades brasileiras e avaliar o impacto alcançado por redes já formadas, com a participação de representantes das instituições de ensino superior, também será feito o credenciamento à Rede Ibero-americana. Atualmente, a Riups é composta por cinco instituições. A expectativa é que, ao final do evento, a entidade congregue mais de 40 credenciadas.
Também integram as atividades do evento o III Seminário Internacional FS Promotora de Saúde e a I Mostra de Experiências Promotoras de Saúde. A partir da temática Equidade, Sustentabilidade, Inovação e Participação Social, a mostra reúne trabalhos, produtos e experiências elaborados por estudantes, docentes e técnicos administrativos na perspectiva da saúde. Os trabalhos estarão dispostos próximos ao auditório da FS até o dia 27.