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Estandes instalados no ICC Sul expuseram parceiros da Universidade em ações de intercâmbio. Feira de artesanato e performance artística foram outras atrações

 

Cultura chinesa estava acessível aos visitantes da Feira de Internacionalização. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

Quem passou pelo ICC Sul nesta terça-feira (10) pôde conhecer um pouco de diversos países espalhados pelo mundo e tirar dúvidas sobre intercâmbio. A programação fez parte do Fórum e Feira de Internacionalização da UnB, promovido pela Assessoria de Assuntos Internacionais (INT), em parceria com membros de embaixadas, de cursos de idiomas e agências de viagens.

Os visitantes que circulavam pela feira recebiam encartes e revistas com informações dos países, porém havia mais. O Instituto Confúcio, que dissemina cultura chinesa, compartilhou indumentárias, máscaras e artigos de decoração com símbolos importantes para o país asiático. Estudantes da turma de Interpretação Teatral, do Instituto de Artes, realizaram performances. Além de esclarecimentos e experiências culturais, o 2º Fórum e Feira de Internacionalização da UnB oferece palestras e mesas-redondas até esta quinta-feira (12). 

>> Convidados do Brasil e do mundo participam do 2º Fórum e Feira de Internacionalização da UnB

São diversas as motivações que levam estudantes a buscarem um intercâmbio: aperfeiçoamento de idioma, preparação para testes de nivelamento, estudos no exterior ou nova experiência de vida. A estudante Evelyn Santos, que está concluindo o curso de Publicidade e Propaganda, aprovou o que viu na feira.

Jeremias Urierta e Jorge Eduardo Morais: amizade internacional. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

“Achei super interessante, pois num lugar só reúnem todas as informações. E são informações mais confiáveis, porque você está falando direto com as embaixadas destes países”, avalia. Ela planeja cursar pós-graduação no exterior.

Já envolvido na internacionalização, o panamenho Jeremias Urierta está no início da graduação em Economia, mas também mira a oportunidade daqui a alguns anos. “O intercâmbio é muito importante para as carreiras em economia ou em relações internacionais, pois permite ver como o mundo funciona fora das zonas de conforto. Tenho interagido bem com as pessoas daqui e gostaria de viver isso da mesma forma na pós-graduação”, afirma.

A troca de experiências e o envolvimento com outra cultura vão muito além do conhecimento de um idioma diferente. São maneiras pelas quais os estudantes podem diversificar a forma de ver o mundo, como conta Jorge Eduardo Morais, colega de Urierta na Economia. “É muito importante sair da sua caixinha social, você não pensa apenas como um brasileiro, você passa a pensar como um panamenho pensa, como um colombiano, como um chinês pensa. Eu acho isso muito legal. Inclusive, eu acho que isso ajuda em nossos estudos.”

Interessado em fazer intercâmbio em países francófonos, o estudante do Instituto de Letras Eduardo Lopes considerou o atendimento das embaixadas muito prestativo na feira. Ele orienta que, por mais que as informações pareçam confusas, os estudantes devem ficar atentos às atividades que os ajudarão quando tentarem pleitear uma vaga de estudo fora do país. “Não basta ter um IRA bom, é válido fazer monitoria, iniciação científica, extensão e outras atividades extracurriculares”, recomenda.

Estande com informações de países nórdicos atraiu interessados. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

Responsável pelo estande com informações de países nórdicos, Joana Braue recomenda que os interessados estejam sempre atentos às informações divulgadas na internet. 

A representante das embaixadas da Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca, esclareceu que o papel dos estandes era oferecer informações básicas e encaminhar interessados aos sites das instituições que são, de fato, responsáveis pelos intercâmbios.

BARREIRAS Voltado à internacionalização do ensino superior, o Programa do Ministério da Educação (MEC) Idiomas sem Fronteiras (IsF) também disponibilizou informações à comunidade acadêmica. No estande, alunos podiam tirar dúvidas sobre as inscrições abertas e os serviços oferecidos pelo grupo.

Focados na formação de professores, capacitação de estudantes brasileiros em idiomas estrangeiros e do português para estudantes do exterior, o programa passa por um período de transição após cortes feitos pelo MEC. De acordo com o coordenador do programa, professor Avram Blum, a continuidade das atividades tem sido feita mediante parcerias.

Formanda em Publicidade e Propaganda, Evelyn Santos está interessada em cursar a pós-graduação fora do país. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

“Durante sete anos de programa, criamos uma rede de professores especialistas em ensino de língua. Eles estão comprometidos com nossos objetivos, tanto que estão dando aulas gratuitamente, resistindo à falta de investimento que tem impedido a continuidade do projeto”, compartilha.

Até mesmo os testes de nivelamento em idiomas, utilizados por diversos estudantes para comprovar conhecimentos em idiomas, está submetido à contenção. O processo que era feito pelo site não tem mais agendamento aberto ao público e tornou-se restrito a estudantes que declaram urgência, seja para ocupar vaga em instituição fora do país ou para programa nacionais que exijam a comprovação, como processos seletivos de pós-graduação. Na esperança de que o programa volte a ganhar fôlego, a equipe estava lá para apresentar oportunidades aos alunos.

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

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