A fim de dialogar sobre os rumos da instituição, a Administração Superior da UnB e servidores do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) se reuniram no Salão de Atos da Reitoria em mais um diálogo da Reitora com servidores. O setor pôde tirar dúvidas, mostrar ações e apresentar demandas. O Programa de Gestão e Desempenho (PGD) na Universidade e a URP dos técnicos administrativos estiveram entre os destaques da conversa, realizada na terça-feira (20).
A decana de Orçamento, Planejamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, ressaltou a qualificação da equipe do DPO. “A gente tem um percentual muito grande de servidores com mestrado e doutorado. E vários estão atendendo ao meu apelo em começar a fazer disciplinas como alunos especiais em programas de doutorado, para se preparar para mais um salto na carreira”, disse. Todos os membros da Administração Superior salientaram o apoio e a colaboração prestados pela equipe do DPO.
A reitora Márcia Abrahão parabenizou o decanato pelo trabalho de excelência realizado e frisou as ações de valorização dos servidores da UnB. “Mesmo com os cortes orçamentários, continuamos com nosso ensino, pesquisa e extensão. Fizemos obras, implantamos a flexibilização de horário em vários setores, criamos mestrado para técnicos e conseguimos abrir vagas no doutorado, o que eram demandas antigas. Hoje, técnicos podem coordenar projetos de extensão e de pesquisa e orientar na pós-graduação, que eram proibidos”, lembrou.
URP e PGD – Sobre a URP, a reitora reafirmou o compromisso da gestão com os servidores técnicos. “Nós não desistimos. Essa é uma característica nossa. E nós vamos continuar trabalhando, com o Sintfub [Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília] e com interlocutores nos três poderes, em defesa dessa parcela significativa dos salários", garantiu.
A servidora Ana Carolina Rezende agradeceu a atuação da Administração Superior pela manutenção da URP. “A gente sabe que é uma situação bastante delicada”, avaliou. A técnica foi um dos presentes à reunião que perguntou à reitora sobre o andamento da implementação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) na Universidade.
Márcia Abrahão apresentou um histórico da discussão sobre o PGD na UnB, que começou em 2018, justamente por meio da demanda da reitora ao Decanato de Gestão de Pessoas (DGP). Na época, a legislação obrigava a submissão da resolução ao MEC, para aprovação, o que, juntamente com mudanças constantes nos normativos do Ministério da Economia, resultou em demora de quase um ano para aprovação daquele Ministério.
Houve então a pandemia de covid-19, que levou ao trabalho remoto emergencial, de março de 2020 a dezembro de 2021. Iniciou-se, após o retorno às atividades presenciais, um projeto piloto de seis meses em dois decanatos. Participaram dessa fase o DGP e o Decanato de Ensino de Graduação (DEG). A Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) e o DGP buscaram sistemas possíveis de serem aplicados na UnB, uma exigência dos normativos legais.
Devido a um novo decreto, de maio de 2022, a um Acórdão do TCU, a novas instruções normativas e à experiência do projeto piloto, o DGP e a comissão do Conselho de Administração (CAD) de acompanhamento do Programa de Gestão elaboraram nova minuta de resolução, que se encontra em análise por comissão do CAD.
Neste ano, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos revogou a última instrução normativa, publicada pelo governo anterior em dezembro de 2022. “Corremos para que a UnB fosse a primeira universidade federal a ter o PGD e tivemos todas essas intercorrências”, frisou Márcia Abrahão.
“É importante ressaltar que nunca houve uma paralisação do estudo de programas e sistemas. Fizemos buscas e análises, e vimos que o mais viável é o sistema da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O programa está em andamento. O sistema está pronto para ser utilizado”, explicou o diretor de Administração de Pessoas do DGP, Willian Soares.
O Programa de Gestão é uma ferramenta autorizada pelo Executivo federal. Ele disciplina o exercício de atividades em que os resultados são efetivamente mensurados, e cuja execução possa ser realizada pelos servidores de maneira remota.
PESSOAL – O diretor de Avaliação e Informações Gerenciais do DPO, Guilherme Viana, chamou a atenção para a necessidade de mais profissionais lotados na diretoria, devido à saída de dois profissionais. “Reforçamos a necessidade de termos mais estatísticos. Sentimos falta de mão de obra para trabalhar com informação e dados”, explicou.
Situação semelhante passa a Diretoria de Processos. A diretora Luciana Nepomuceno destacou que a saída de duas administradoras desfalcou a equipe. A decana Denise Imbroisi avaliou que o setor também precisa de um auxiliar administrativo para suporte à secretaria. O representante do DGP, Willian Soares, adiantou que a demanda por pessoal será encaminhada pelo decanato.