A administração superior da UnB e servidores do Hospital Universitário de Brasília (HUB) encontraram-se para conversar sobre as demandas da unidade de saúde. Cursos de pós-graduação voltados para os técnicos administrativos e dúvidas sobre a jornada de trabalho foram destaques do diálogo, em 18 de julho.
“Quero agradecer e parabenizar todo o trabalho do HUB. Estive aqui na celebração dos 50 anos do hospital, um grande orgulho para nós. Temos trabalhado em muitas parcerias, sempre defendendo o HUB e a autonomia universitária junto à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares)”, disse a reitora Márcia Abrahão no início do encontro.
A superintendente do HUB, Elza Noronha, fez uma apresentação da unidade de saúde e dos desafios para o futuro. O local conta com cerca de 2,7 mil profissionais, 1.058 estudantes de graduação, 204 residentes médicos e 48 residentes multiprofissionais. “Estamos trabalhando para ter o Selo Ebserh de Qualidade – excelência em assistência, ensino, pesquisa e extensão – e um novo contrato com a Secretaria de Saúde do DF”, adiantou Elza Noronha.
Coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Abadia Calácia salientou o avanço institucional em ter “mulheres aguerridas” à frente da UnB e do HUB.
Ela e outros servidores pediram para a gestão analisar a possibilidade de os técnicos que adotaram a flexibilização de horário, de 40 para 30 horas semanais, fazerem plantão de 12 horas com intervalo de 36 horas entre as jornadas. A reitora Márcia Abrahão e a superintendente Elza Noronha explicaram que quem aderiu à flexibilização de 30 horas deve cumprir seis horas diárias, não sendo permitido na legislação o plantão de 12h.
O servidor Rigeldo Lima sugeriu à administração a abertura de vagas para técnicos em programas de pós-graduação da área de saúde. “Temos essa necessidade. O nosso plano de cargos e salários não aceita linhas diferentes do nosso ponto focal, que é a saúde”, argumentou.
Representante do Decanato de Pós-Graduação na reunião, a professora Diana Moura destacou que a participação ativa dos servidores é fundamental para desenvolver estratégias a fim de implementar as solicitações possíveis. “Esperamos que vocês nos tragam essas demandas para que o decanato pense na oferta de vagas em programas distintos”, disse Diana Moura.
A psicóloga Juciléia Rezende lembrou que os técnicos do hospital têm também um papel educacional. No entanto, ela ressaltou que as preceptorias não são contempladas pelo plano de carreira do segmento. “Eu sou preceptora de residência desde 2009. Isso não contou em nada na minha vida”, lamentou. Em busca de uma solução para a demanda, a administração superior colocou-se à disposição para discutir o assunto.