EXCELÊNCIA

Por meio do envio de informações, diretores subsidiam a gestão superior no monitoramento do que pode ser aperfeiçoado para evoluir em avaliações

Universidade investe em planos de melhoria dos indicadores acadêmicos para promover avanços em gestão, ensino, pesquisa e extensão. Foto: Anastácia Vaz/Secom UnB

 

Com o objetivo de consolidar o avanço da Universidade de Brasília em indicadores acadêmicos que atestam a qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão feitas na instituição, o Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) estimula a produção de apontamentos para melhorias de indicadores junto às unidades acadêmicas.

A iniciativa de desenvolver o Plano de Melhoria de Indicadores Acadêmicos partiu do Gabinete da Reitoria (GRE), no começo de 2021. O objetivo era ter uma ferramenta adicional para o acompanhamento do avanço da UnB nas avaliações acadêmicas, envolvendo as unidades na construção desses resultados.

“Os planos são desenvolvidos pelos próprios colegiados ou conselhos das unidades acadêmicas, com base nos resultados obtidos em processos de avaliação interna e externa”, explica o professor Delano Moody, responsável pela Coordenadoria de Avaliação Institucional (CAI) do DPO. A unidade recepciona os envios das unidades.

Em 2023, as unidades foram acionadas pelo GRE para atualizar seus planos de melhorias, discutindo-os em seus colegiados e explicitando as ações já desenvolvidas e planejadas. Segundo o coordenador da CAI, a demanda foi encaminhada à direção das unidades acadêmicas no mês de abril e cada uma delas elaborou a sua proposta, considerando a sua própria realidade.

PROCESSO – A Coordenadoria de Avaliação Institucional (CAI) está vinculada à Diretoria de Avaliação e Informações Gerenciais (DAI) do DPO. O diretor da DAI, Guilherme Viana, explica que o modelo atual foi desenvolvido após um processo de entendimento mútuo entre a gestão e as unidades acadêmicas.

"Inicialmente, diversas metas apresentavam pouca aderência à melhoria dos indicadores de qualidade, seja pela ausência de critérios objetivos, falta de alinhamento entre objetivos, metas e ações, ou por se tratarem de metas e ações genéricas", detalha.

 

Plano de Melhoria de Indicadores Acadêmicos tem revelado unidades engajadas, que estão discutindo internamente pontos importantes para avaliações institucionais, como informações sobre egressos. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

A partir dessa experiência a CAI/DAI desenvolveu o formato adotado atualmente, que pressupõe campos fixos a serem preenchidos. Na formulação dos planos, cada unidade pode refletir sobre oportunidades de melhorias e indicar ações necessárias para alcançar os resultados desejados, critérios de verificação, prazos e setores responsáveis.

Pode-se, por exemplo, indicar ações para "aprimorar mecanismos de apoio ao processo de ensino-aprendizagem" ou "aperfeiçoar a relação com a sociedade". As informações devem contemplar tanto a graduação, presencial e a distância, quanto a pós-graduação, para que o retrato seja o mais amplo e fidedigno possível.

Melhorias na comunicação interna, investimento em planejamento estratégico, reformas de salas, estímulos a publicações por docentes e discentes e prestação de contas anuais foram alguns dos aspectos apontados por unidades ao elaborarem seus mais recentes planos de melhorias.

RESULTADOS – Todo esse processo já tem resultados positivos. Os planos de melhoria recebidos relatam que as unidades acadêmicas e seus cursos estão trabalhando na revisão de seus Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) e ampliando a atuação dos Núcleos Docente Estruturantes (NDE).

"Além disso, há iniciativas pontuais extremamente importantes de algumas unidades, como a criação de comissões internas de avaliação e a apropriação dos estudos feitos pela DAI, em especial da pesquisa de egressos, o que demonstra o interesse das unidades em fomentar a cultura da avaliação na universidade", avalia o diretor Guilherme Viana.

As unidades que ainda não responderam ao instrumento ainda podem fazê-lo. O consolidado final guiará tomadas de decisão da gestão superior da Universidade. “Nossa expectativa é que as propostas reflitam a realidade de cada unidade acadêmica, bem como possibilitem que experiências exitosas possam ser compartilhadas com outras unidades”, enfatiza o coordenador Delano Moody.

 

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