A Universidade de Brasília acaba de concluir o seu 2º Plano de Dados Abertos, biênio 2021-2023, com a abertura de 100% dos dados previstos. Com a medida, a UnB se torna referência em dados abertos entre as instituições do poder executivo no país.
"Percebemos que havia pontos a melhorar em relação à transparência e atuamos fortemente nessa direção", diz a ouvidora Ivoneide Brito, que destaca como resultado os avanços e as melhorias em governança com impacto positivo na satisfação do usuário. "O tempo para a emissão de resposta que era de 39 dias, por exemplo, caiu para 9 dias em média, no transcurso dos últimos anos", destaca.
Após a instituição da política de dados abertos pelo governo federal em 2016, a Universidade aprovou, dois anos depois, o seu 1º Plano de Dados Abertos, biênio 2019-21. A previsão inicial era a abertura de mais de 46 bases de dados. Até 2022, 47 bases haviam sido abertas. Neste ano, com a conclusão do 2º Plano de Dados Abertos, 70 bases estão disponíveis no Portal Brasileiro de Dados Abertos do governo federal para livre uso e consulta pela população.
As bases são atualizadas e oferecem diversos dados produzidos e acumulados pela instituição, entres eles, dados financeiros, acadêmicos e relacionados à vida funcional dos servidores. Informações sobre projetos e grupos de pesquisa, convênios, contratos e licitações, bolsas de pesquisa e dados socioeconômicos de alunos também estão disponíveis.
A abertura dos dados faz parte de uma série de ações empreendidas nos últimos anos pela UnB que vão ao encontro do que prevê a Lei de Acesso à Informação (LAI) e outras normas com o objetivo de fomentar a transparência, simplificar e desburocratizar processos.
"Agora a UnB está terminando de otimizar o uso do sistema e-agendas e, há pouco tempo, foi instituído o Conselho de Usuários, que hoje conta com mais de 185 conselheiros responsáveis por avaliar os serviços oferecidos pela Universidade", ressalta a ouvidora, recém-eleita representante brasileira da Rede Iberoamericana de Defensorias Universitárias.
A Universidade, segundo Ivoneide, já cumpriu quase todas as recomendações previstas no Guia de Transparência Ativa da Controladoria Geral da União (CGU). “Temos 48 itens cumpridos e 1 parcialmente, o e-agendas, que está sendo finalizado”, diz a ouvidora.
"Nosso papel é ser a voz do cidadão", lembra. "A troca de conhecimento e a construção coletiva é fundamental para fortalecer o trabalho das ouvidorias, a governança, a defesa dos direitos humanos ou mesmo a elaboração de políticas públicas", destaca.