Em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UnB, os decanatos de Ensino de Graduação (DEG) e de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) apresentaram a proposta do primeiro modelo referencial para distribuição de vagas docentes da Universidade de Brasília. O documento está agora sob avaliação das unidades acadêmicas.
“Hoje, não temos nenhum modelo. É importante haver um critério, porque quando ele é discutido e público a gente pode melhorá-lo, criticá-lo e avançar. Nós pesquisamos modelos de outras universidades, há pontos positivos e negativos, mas não existe um ideal. Este é o mais robusto”, contextualizou o presidente do Cepe, vice-reitor Enrique Huelva.
O decano de Ensino de Graduação, Diêgo Madureira, salientou que o modelo se aplica somente às vagas de livre provimento. “Ou seja, não afeta aquelas vagas docentes que são encaminhadas pelo Ministério da Educação (MEC) para atendimento de demandas específicas, como a criação de novos cursos”, detalhou.
A distribuição considera indicadores já consolidados na Universidade de Brasília, como os existentes na Matriz Andifes, além de dados da própria UnB e informações do Censo da Educação Superior. São quatro métricas avaliadas. Somam-se à Matriz Andifes, que corresponde a 40% do índice ponderado para cada unidade acadêmica, a extensão (10%), a carga de trabalho docente (20%) e as disciplinas de serviço (30%).
“Buscamos considerar os diversos aspectos que compõem a UnB, para que nós tenhamos um índice que reflita e que seja mais próximo de como a Universidade atua”, destacou a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi.
A Matriz Andifes considera o tamanho da instituição, mensurado em termos de estudantes equivalentes. A métrica Extensão compreende a participação de cada unidade em projetos de extensão, em comparação com toda a UnB. A carga de trabalho docente representa o total de horas/aula ministrada na graduação pelos docentes de cada unidade. A métrica de disciplinas de serviço, por fim, avalia a oferta de disciplinas de serviço, que são aquelas ofertadas para toda a Universidade.
A proposta estabelece que será distribuída uma vaga, por vez, por unidade, obedecendo a ordem decrescente de classificação. “A intenção é garantir que todas as unidades recebam vagas. Mais postos serão alocados somente após todas serem contempladas. Isso reduz muito o impacto da diferença do escore entre as unidades. Porque, ainda que uma fique em última posição no ranqueamento, vai chegar o momento em que haverá uma nova vaga e nenhuma das outras unidades poderá ser contemplada antes daquela que está em último”, explicou o decano Diêgo Madureira.
O modelo foi elaborado pelo DPO. Já a minuta para aplicação da proposta foi feita pelo vice-reitor Enrique Huelva e por Diêgo Madureira, a partir de sugestões do Comitê do Banco de Professor Equivalente (BPEq).
A reunião do Cepe em que a proposta foi apresentada aconteceu no dia 11 de julho: