GESTÃO

Em reunião convocada pela Reitoria, foram discutidas as fases do surto e as medidas que devem ser tomadas. Informações devem chegar às salas de aula

 

Em mais uma ação preparatória para a chegada do Coronavírus ao Distrito Federal, a administração da Universidade de Brasília realizou, na manhã desta quinta-feira (5), reunião com diretores de institutos e faculdades acerca das características da epidemia e das medidas para sua prevenção e contenção. As informações foram passadas por um dos integrantes do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde do Covid-19, grupo criado pelo Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) para lidar com a questão na Universidade.

“Reunimos 20 especialistas, de diversas áreas, e criamos uma sala de situação para o acompanhamento cauteloso e responsável da epidemia, com base em evidências científicas e nas orientações de autoridades de saúde”, disse o decano de Assuntos Comunitários, Ileno Izídio da Costa. Os esclarecimentos aos diretores foram prestados pelo professor Jonas Brant, da Faculdade de Ciências da Saúde (FS), e integrante do Comitê.

“Estamos na fase de alerta e preparação. Cada setor com representação no Comitê está levantando informações importantes para garantir a realização de ações de redução dos impactos do vírus na Universidade”, explicou Brant, que é epidemiologista e deu detalhes sobre o comportamento da doença e sobre como a instituição está se organizando.

 

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Entre as medidas em andamento, está o acompanhamento das orientações das principais autoridades competentes (Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Distrito Federal) e o conhecimento sobre condições específicas da Universidade.

A Assessoria de Assuntos Internacionais (INT), por exemplo, está levantando quem são os membros da comunidade com viagem prevista para fora do país. A Prefeitura da UnB está mapeando os banheiros com maior circulação, para garantir que não falte sabonete e lenço de papel. A Secretaria de Comunicação está produzindo peças informativas sobre higiene respiratória e das mãos.

Professora Larissa Polejack, diretora da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC), fala durante reunião. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

“Vamos elaborar um briefing simples e sucinto para ser distribuído a todos os docentes da Universidade até o final desta semana, com orientações básicas sobre a prevenção”, disse a diretora de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC), professora Larissa Polejack, também integrante do Comitê.

 

“Esta reunião é para que os diretores se tornem agentes de informação no enfrentamento ao surto. E é importante que todos sigamos as orientações do Comitê, que são baseadas em evidências científicas e nas recomendações dos órgãos de saúde”, reforçou a reitora Márcia Abrahão.

CAUTELA – O professor Jonas Brant ressaltou a importância de evitar a sobrecarga do sistema de saúde, uma vez que a maioria dos casos não é grave e pode ser resolvida com isolamento domiciliar. Ele também frisou que não há qualquer indicativo para interrupção de atividades neste momento. “Precisamos evitar, ao máximo, a ruptura dos processos normais de trabalho, porque o impacto das interrupções é muito mais grave para a sociedade como um todo”, disse. O Comitê deve divulgar novas notas conforme o eventual avanço da doença no país.

Durante a reunião, diretores também fizeram questionamentos sobre o enfrentamento à dengue, outra epidemia presente no DF. A reitora esclareceu que, recentemente, a Prefeitura recebeu o apoio de equipe da Vigilância Ambiental e que há dedetização prevista para o prédio do ICC no próximo sábado (7). “Estamos atentos a essa questão também. É importante que os responsáveis pelas unidades alocadas no Minhocão abram as portas e salas para garantir uma dedetização eficiente”, recomendou.

IGC – Durante a reunião, a reitora também apresentou informações sobre as medidas tomadas para reverter a nota recentemente atribuída pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) à UnB no Índice Geral de Cursos (IGC). Ela também mostrou, a partir de dados, que a pós-graduação foi responsável por 56% do peso da nota do IGC da Universidade no triênio 2016-2018. “Precisamos agir para melhorar nossos indicadores na pós-graduação, para que a UnB siga sendo uma instituição de excelência”, defendeu.

 

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