Depois do abraço virtual à Universidade de Brasília, com dezenas de mensagens de afeto enviadas pela comunidade interna e externa, a instituição e a cidade que a abriga receberam demonstrações de carinho em uma sessão solene. A reunião comemorativa da Comissão UnB nos 60 anos de Brasília foi realizada nesta quarta-feira (22), em uma plataforma on-line. Docentes, técnicos, parlamentares e representantes de entidades externas teceram elogios à UnB e mencionaram desafios e ações da atualidade, decorrentes da pandemia do novo coronavírus.
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A reitora Márcia Abrahão fez um retrospecto do protagonismo da Universidade e frisou que as limitações impostas pela Covid-19 forçam todos a olharem para o futuro. "O maior desafio, talvez, será aliar desejos ante a necessidade econômica das pessoas e a profunda desigualdade presente no país", disse. "Não será fácil. Mas, como escreveu Darcy [Ribeiro, cofundador da UnB], a Universidade deve 'servir ao povo'. Foi para isso que existimos até hoje e é com esse objetivo que vamos nos reinventar".
Coordenador da bancada do DF no Congresso Nacional, o senador Izalci Lucas (PSDB) mencionou a importância de a sociedade pensar a médio e longo prazo, em parceria com a Universidade, estratégica para a região. "A pandemia antecipou demandas tecnológicas em, pelo menos, dez anos. A cidade está esvaziada e precisamos, juntos, pensar em como será a mudança da matriz econômica", defendeu.
MÚSICA – A sessão foi aberta com uma apresentação do professor do Instituto de Artes (IdA) Renato Vasconcellos, que apresentou duas peças compostas por ele em homenagem a Brasília. A beleza da cidade também foi enaltecida pelo adido adjunto de Cooperação e de Ação Cultural da Embaixada da França, Olivier Geron, membro da Comissão UnB nos 60 anos de Brasília.
"Observava esses dias uma dessas árvores típicas do Cerrado, de troncos nodosos e galhos retorcidos. Elas são símbolo de força e resistência, qualidades que muito precisamos na situação presente", afirmou. Também estiveram presentes o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), presidente do Conselho Editorial do Senado, e a diretora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília, Fabiana Damásio, entre outras autoridades.
Representando os docentes eméritos da Comissão, o professor aposentado Aldo Paviani resgatou o crescimento da Universidade ao longo dos anos. "Quando eu entrei na UnB, o ICC ainda estava sendo construído, tinha aquelas madeiras no chão para a gente pisar", lembrou. "É uma satisfação ver no que a instituição se tornou, como se firmou em diferentes modalidades de graduação e pós-graduação".
AÇÕES – Durante a reunião, membros do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 (COES) e do Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão da Covid-19 (COPEI) apresentaram dados e ações institucionais relacionadas ao combate do novo coronavírus. A decana em exercício no Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) e presidente do COPEI, Cláudia Amorim, falou das propostas enviadas por meio da chamada pública para projetos de enfrentamento à pandemia.
"Temos 1.294 pessoas envolvidas nas iniciativas, entre docentes, técnicos e estudantes. Há propostas de todas as áreas do conhecimento, mas a grande maioria (50%) são das Ciências da Vida", detalhou. Os 115 projetos somam cerca de R$ 70 milhões. A UnB já obteve apoio e recursos da Secretaria de Ciência e Tecnologia e do Ministério da Educação e, aguarda, agora, outros editais e parcerias para viabilizar o restante.
Membro do COES, o professor Jonas Brant destacou que a UnB foi uma das primeiras instituições de ensino do país a estabelecer um plano de contingência em saúde da Covid-19, "algo básico e de vital importância no contexto de uma emergência como esta". Ele também apresentou o repositório institucional das ações da UnB no assunto. No espaço, há informações detalhadas sobre todos os projetos desenvolvidos pela instituição, bem como registros das aparições da Universidade na imprensa, relacionadas ao combate ao coronavírus.
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