SEQUELAS

Cerca de 300 pacientes do HUB com novo coronavírus serão avaliados 

 

Os participantes da pesquisa serão avaliados em três momentos: durante a doença, após três meses e após seis meses. Foto: Valter Pontes/Fotos públicas

 

Cerca de trezentos pacientes que passarem pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB) deverão ser avaliados com relação a qualidade de vida após contraírem a covid-19. Os participantes da pesquisa serão avaliados em três momentos: durante a doença, após três meses e após seis meses.

 

A pesquisa realizada HUB é coordenada pela médica Juliana de Souza Lapa e pelo professor Gustavo Romero, ambos da Faculdade de Medicina (FM/UnB). O estudo vai utilizar dois instrumentos, um questionário com 36 perguntas sobre aspectos psicológicos, físicos e emocionais e outro de medida de independência funcional, que significa autonomia para fazer as coisas como tomar banho, vestir-se e locomover-se.

Docentes da FM/UnB Juliana de Souza Lapa e Gustavo Romero coordenam a pesquisa. Fotos: Arquivo pessoal. Montagem: Raquel Aviani/Secom UnB

 

“Vamos verificar se o paciente saiu com alguma dependência como de oxigênio, de hemodiálise, home care, se o paciente consegue voltar a trabalhar, se teve escaras ou se ficou com alguma incapacidade, conta a médica e professora Juliana Lapa, coordenadora do projeto nomeado QualiCOVID-19​.

 

SEQUELAS APÓS ALTA Segundo a literatura científica, cerca de 81% dos pacientes que contraíram a doença manifestam as formas leve a moderada da covid-19, 15% desenvolve doença grave e 5% são pacientes críticos, com insuficiência respiratória, choque e disfunção orgânica. Esses 5% que desenvolvem forma crítica podem evoluir sequelas futuras, como a necessidade de hemodiálise ou insuficiência respiratória.

 

O estudo já foi aprovado pelo Comitê de Ética da UnB. Para iniciar os trabalhos falta ainda uma capacitação dos entrevistadores que vão aplicar os questionários. Para realização do estudo os pesquisadores participaram de um edital da UnB pleiteando uma verba de R$ 41 mil que será destinada ao pagamento dos entrevistadores e publicação de artigos. A equipe aguarda a liberação do recurso.

 

A ideia é que até o final de 2020, o estudo obtenha os primeiros indicadores e o resultado, em 2021.

 

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