O Instituto de Ciências Exatas (IE) recebeu, na última sexta-feira (26), a visita da reitora Márcia Abrahão e da equipe de decanos e gestores. Durante o encontro, docentes da unidade falaram sobre demandas de pessoal, infraestrutura e equipamentos. Também foram discutidas dificuldades decorrentes do calendário acadêmico.
O diretor do IE, Gladston Luiz da Silva, afirmou que a unidade só dá conta da parte administrativa porque muitos docentes se envolvem diariamente nessas atividades. “Na direção, precisamos urgentemente de mais um técnico; o que nos auxiliava foi cedido para a Diretoria de Compras pelo período de um ano”, exemplificou.
O chefe do Departamento de Ciência da Computação (CIC), André Drummond, enumerou os problemas de infraestrutura que afetam os três cursos da unidade (dois deles abrigados em um prédio próximo ao Centro Comunitário e um no Instituto Central de Ciências). Outra questão foi a obsolescência dos computadores usados por estudantes de graduação e de pós. “O Laboratório de Informática (Linf) atende mais de 800 alunos por semestre e está com máquinas de 2007. Para cursos da área de tecnologia, a qualidade dos equipamentos é essencial”, frisou.
Outra dificuldade apontada pelos docentes do IE diz respeito ao calendário de convocação de novos estudantes. “Temos hoje quatro, cinco chamadas. Quando damos a oportunidade de o calouro ingressar após a quarta semana de aula em uma disciplina como Cálculo I, sabemos que isso vai gerar uma série de problemas”, disse Hemar Teixeira Godinho, chefe do Departamento de Matemática. “Nossos estudantes precisam do conhecimento que é gerado desde o primeiro dia letivo”, acrescentou.
A decana de Ensino de Graduação, Cláudia Garcia, afirmou estar em diálogo com a Secretaria de Administração Acadêmica (SAA) para resolver essa questão. Sobre os equipamentos, esclareceu: “Estamos, juntamente com o Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), fazendo um levantamento detalhado das necessidades dos laboratórios, principalmente aqueles que atendem a disciplinas de alta demanda.”
FESTAS – A comunidade do IE também reclamou das festas realizadas por centros acadêmicos (CAs) no ICC. A reitora disse que esse tipo de evento é regulado pelas diretrizes de convivência nos campi, aprovadas pelo Conselho Universitário (Consuni) em 2012. De acordo com o documento, os CAs fazem parte das unidades acadêmicas e, portanto, cabe à direção de cada uma aprovar ou não confraternizações de pequeno e médio porte.
“Também estamos fazendo reuniões quinzenais com os CAs para falar dos limites, disseminar as diretrizes. Pretendemos atuar assim para que o ambiente de trabalho de todos seja o melhor possível”, disse Márcia. Ela também destacou a delicada situação financeira da Universidade. “Assumimos com um déficit previsto de R$ 105,6 milhões para este ano e, esta semana, sofremos mais um bloqueio orçamentário do Ministério da Educação (MEC)”, contextualizou.
O IE foi a sexta unidade acadêmica visitada pela administração da Universidade. Durante das reuniões, as comunidades apresentam demandas específicas de cada área e ouvem os gestores.
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