A Faculdade UnB Planaltina (FUP) passa a integrar a rede de polos de extensão da Universidade, junto a Chapada dos Veadeiros, território Kalunga, Ceilândia, Recanto das Emas, Estrutural e Paranoá/Itapoã. O anúncio foi feito na abertura do IV Fórum Sociocultural Geral da Rede de Polos de Extensão (Repe), nesta quinta-feira (6). O fórum integrou as atividades da Semuni25 e teve programação dividida nos dias 6, na FUP, e 7, no Centro de Excelência em Turismo (CET).
A dança sussa, tradicional do território Kalunga, foi apresentada na abertura da solenidade, e permitiu a reflexão sobre a temática da edição: territórios e saberes engajados por equidade e justiça socioambiental. A reitora Rozana Naves observou o momento como “uma discussão sobre cultura, identidade, memória, saberes populares que se integram aos saberes produzidos, aos conhecimentos produzidos na Universidade que produzem transformação social”.
Já a decana de Extensão, Janaína Soares, evidenciou a importância da troca de conhecimento. “Estar aqui e mostrar de onde eu venho e associar aos conhecimentos da Universidade são os saberes que vão se fazendo em movimento. Nos mostremos mais, porque senão a universidade e a sociedade acabam acreditando que elas são feitas só para um pedacinho de gente, só para uma parte pequenininha que fala bonito, que fala dos livros, mas esse falar bonito, ele é dentro dessa associação”, convidou.
A manifestação artística de estudantes e egressos do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC) traz à tona a participação da FUP com a extensão. Desde sua fundação em 2006, a FUP trabalha com as comunidades. “O reconhecimento de que a extensão é um pé de igualdade com a dimensão de ensino e pesquisa é algo que, historicamente, lutamos”, destacou a diretora da FUP, Cynthia Bisinoto. Por meio da Repe e dos trabalhos feitos em comunidades, há uma difusão dos aprendizados no meio acadêmico que permite a democratização do conhecimento e fortalece a conexão entre Universidade e sociedade.
“A lógica da extensão não é uma lógica impositiva ou de disputa de saberes. Ao contrário, é de profundo reconhecimento por aquilo que está acontecendo nos territórios e a possibilidade de construção de uma ciência que é verdadeiramente engajada voltada à resolução dos problemas públicos”, comentou a diretora de Desenvolvimento e Integração Social do Decanato de Extensão (DEX), Fernanda Cruz, a respeito da importância da extensão no contexto universitário.
PROGRAMAÇÃO – Dentro da Semuni 2025, as atividades realizadas transmitiram a essência da FUP. Além do seminário da Repe, tiveram oficinas, como de yoga e defesa pessoal, apresentações de pesquisas sobre educação e cidadania, exposições educativas, trilha ambiental no campus e rodas de conversa.
Um dos destaques foi a visita ao planetário, oriundo do projeto Escola nas Estrelas, fundado em 2008 com o objetivo de promover o acesso ao conhecimento prático de astronomia para estudantes de escolas públicas. O estudante do segundo semestre de Ciências Naturais Felype Moreira conta que o domo inflável é utilizado para projeção de estrelas, em visão de 360° graus.
“Fica um ambiente muito imersivo para poder passar informações que poderiam ser um pouco chatinhas de fazer no quadro. É um ótimo recurso didático.”
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*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.
