MARCO

Na UnB, data será lembrada com apresentação de uma proposta de política institucional para a área, nesta segunda (10), durante reunião do CDHUnB

 

Campanha institucional de 2018 destacou o protagonismo dos sujeitos que compõem a Universidade de Brasília. Arte: Secom UnB

 

Na próxima segunda-feira (10), são celebrados os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, um importante marco para a proteção ao cidadão. Para comemorar a data e o encerramento da campanha institucional UnB Mais Humana, a Universidade de Brasília realiza uma cerimônia na qual os membros do Conselho de Direitos Humanos (CDHUnB) apresentarão uma proposta de política para a área. Toda a comunidade está convidada a participar. Será às 14h30, no auditório da Reitoria.

Durante o evento, também será feito um balanço das ações da instituição sob a bandeira da defesa dos direitos humanos. Em 2018, a UnB sediou ou liderou mais de 100 atividades com essa temática, entre debates, seminários, colóquios, exposições, entre outros. Os assuntos abarcaram diversas questões, tais como gênero, meio ambiente, democracia, acessibilidade, inclusão social, saúde mental, além de homenagens a personalidades que tiveram notável atuação acadêmica com enfoque em direitos humanos.

"Com as diversas ações e com a campanha UnB Mais Humana, a Universidade de Brasília mostrou, mais uma vez, que está comprometida com a defesa de valores fundamentais para a sociedade brasileira", destaca a reitora Márcia Abrahão. "Mas todos, dentro e fora da Universidade, precisamos permanecer vigilantes", alerta.

DESAFIOS – A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece que os direitos humanos são inerentes a todo indivíduo, que pode exercê-los sem distinção de raça, cor, sexo, religião, opinião política ou origem social.

Um dos objetivos fundamentais da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é promover e encorajar o respeito aos direitos humanos para todos. No entanto, apesar de inúmeras conquistas, a carta completa 70 anos em meio a grandes desafios de escala global, como o combate à intolerância, à discriminação e à violência.

A equidade entre homens e mulheres segue como questão relevante. Segundo pesquisa do Banco Mundial, em pelo menos 104 países, as mulheres ainda são proibidas de desenvolver determinadas atividades. Na América Latina, um dos maiores problemas é a violência de gênero: a região abriga 14 dos 25 países onde o feminicídio é mais comum. A maioria dos crimes é praticada por meio do uso de armas de fogo, e as leis não garantem justiça para 49 de cada 50 vítimas, de acordo com dados da ONU.

Outra grave violação de direitos humanos são as situações de homofobia vivenciadas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Segundo a Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), apenas nos primeiros quatro meses de 2017, o Brasil teve aumento de 20% nas agressões contra pessoas do público LGBT.


 

Para a decana de Extensão da Universidade, Olgamir Amancia, o principal desafio para garantir os direitos humanos é assegurar o entendimento de que uma sociedade democrática não pode tolerar ou naturalizar a desigualdade. “Antes, o grande desafio era colocar em prática os direitos já assegurados. No entanto, no contexto atual, há um risco inclusive de perdermos os já instaurados”, avalia.

EXTENSÃO – Ao longo do mês de dezembro, o Decanato de Extensão (DEX) promove diferentes iniciativas em suas redes sociais, voltadas para a promoção dos direitos humanos. O DEX lidera uma série de projetos na área, entre elas o Umanitá, que incentiva a educação para os direitos humanos e a inclusão de vulneráveis.

Para Daniel Rezende, participante do projeto, a extensão instrumentaliza um privilégio acadêmico em favor da sociedade. “A extensão tem um poder de transformação gigantesco. Sou gay e sempre tive dificuldade de me entender como gay. E foi debatendo sobre direitos humanos nesse projeto que pude perceber que eu também sou sujeito desses direitos.”

Outro projeto da Extensão, o RExistir, funciona como um centro de resistência, apoio e conscientização ao prestar auxílio interdisciplinar voltado para questões LGBT. A iniciativa promove ações de conscientização e combate à discriminação, além de desenvolver um ambiente de empoderamento, assistência jurídica e liberdade para esse grupo.


SERVIÇO
Celebração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e apresentação de proposta de política de direitos humanos pelo CDHUnB
Quando: segunda-feira, 10 de dezembro, às 14h30
Onde: Auditório da Reitoria
Participe!

 

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