EXTENSÃO

Objetivo é encontrar soluções para problemas como falta de iluminação e de mobilidade na Universidade de Brasília

 

Foto: Júlio Minasi / Secom UnB

 

Para melhorar a vida no campus, quatro estudantes de Engenharia Civil da UnB acabam de lançar o Dextra. Eduardo Souza, Itallo Franco, Natália Vinhal e Renan Soares explicam que o nome é a junção de dexter – inteligente, em latim – e "tra", as três primeiras letras da palavra transporte. "Ideias-chave do projeto", segundo os alunos.

Criado com o apoio do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru), o grupo busca soluções para problemas enfrentados no dia a dia pelos alunos da Universidade de Brasília. Locomoção é apenas um deles.

“Apesar de reconhecermos que a UnB é uma das melhores do país e da América Latina, há problemas de infraestrutura e segurança, por exemplo, que, se resolvidos, podem melhorar a qualidade de vida no campus”, avalia Eduardo Souza, líder do projeto, ao falar sobre a consulta realizada pela equipe neste ano para saber as principais queixas dos estudantes. (Veja o vídeo).

No topo da lista, segundo o levantamento, está a mobilidade ou a dificuldade de vencer grandes distâncias a pé com segurança, principalmente à noite. Eduardo também cita problemas de logística, como longas filas na hora do almoço no Restaurante Universitário (RU) e falhas de comunicação entre alunos e professores.

“Já pensou se existisse um aplicativo por meio do qual o aluno pudesse saber como está o movimento no RU? Ou uma plataforma para interação entre alunos e professores?”, sugere Eduardo. “Por que não usar patinetes para se locomover de um local a outro?”, lista mais uma ideia.

Neste primeiro momento, segundo o estudante, o foco é o campus da UnB, mas a intenção é expandir esse laboratório de ideias para a cidade. O futuro engenheiro conta que o projeto se inspirou na proposta de smart campus ou campus inteligente implantada por uma instituição de ensino de Sorocaba. “Na universidade, é possível testar diversas soluções que podem ser úteis para a cidade”, acredita.

Professor Pastor Willy Gonzales: "As ideias partem dos estudantes, não são impostas de cima pra baixo". Foto: Júlio Minasi / Secom UnB


Para o orientador do grupo, Pastor Willy Gonzales, o projeto explora a inquietação dos jovens cientistas, "ingrediente incrível para a inovação". “Eles chegam cheios de ideias e o projeto busca aproveitar isso num ambiente propício para a pesquisa e o empreendedorismo”, destaca.


“É uma oportunidade de usar o conhecimento para resolver problemas reais”, vibra Eduardo. “Qualquer pessoa com uma ideia na cabeça e vontade de realizá-la pode participar. Calouros de diferentes cursos são bem-vindos”, completa.

CAMPUS INTELIGENTE – O grupo já está selecionando ideias. Interessados podem se inscrever no site do Dextra até o dia 29. Na primeira etapa, quatro projetos serão selecionados. A melhor proposta será desenvolvida no Ceftru com o auxílio de pesquisadores. Mas não para por aí. “O objetivo é por a ideia em prática”, destaca Eduardo.

Na próxima quinta-feira (14), dia do lançamento oficial do projeto, a arquiteta Maria Natália Alcântara, da Universidade Federal de Goiás (UFG), fala sobre campus inteligente. A palestra acontece às 16h no auditório da Faculdade de Tecnologia (FT).

Saiba mais:

>> Site oficial do Dextra

>> Dextra no Facebook

Palavras-chave