A Secretaria de Comunicação (Secom) e a UnBTV publicam entrevistas com os novos decanos da Universidade de Brasília. No Decanato de Extensão (DEX), Olgamir Amancia Ferreira planeja reduzir burocracia e dar visibilidade a ações.
Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB
Nomeada decana de Extensão pela reitora Márcia Abrahão, Olgamir Amancia é doutora em Educação. Entre 2011 e 2014, chefiou a Secretaria da Mulher do Governo do Distrito Federal. Tem experiência em política, gestão e planejamento da educação; avaliação institucional; filosofia; sociologia da educação; política para mulheres; gênero e sociedade associados à educação.
Uma das primeiras ações de Amancia no cargo é mapear as ações desenvolvidas pelo decanato. “Considero importante termos conhecimento de tudo que desenvolvemos e fazer com que essas iniciativas dialoguem. Porque há hoje fragmentação muito grande dos processos dentro do DEX”, diz.
“Outra ação prioritária é aperfeiçoar e facilitar o acesso de professores, técnicos e de quem tenha interesse em realizar extensão ao nosso banco de dados. Além de otimizar o cadastramento dos projetos. Identificamos que há um conjunto de iniciativas realizadas na Universidade que não estão cadastradas no banco de dados do decanato”, comenta.
“Facilitar e aprimorar é determinante para nós. Com esse banco de dados alimentado, nós podemos fornecer, em contrapartida, o suporte necessário. Se não estão registrados no DEX, pressupõe-se que a contrapartida é menor, porque a bolsa pode não estar viabilizada, por exemplo. Fora uma série de outras medidas que poderiam facilitar a vida de quem realiza a extensão”, continua.
Amancia estuda formas de incluir o servidor técnico-administrativo da UnB na coordenação de projetos do DEX, situação impossibilitada pela legislação atual. “É impensável discutir a extensão descolada da Universidade como um todo. Extensão é formada por estudante, professor, técnico e sociedade”.
PLANOS – O decanato deverá ser reestruturado, com o objetivo de desenvolver as tarefas "de forma mais enxuta”, como descreve Olgamir. “Além disso, elaboramos o planejamento estratégico do decanato. Não desconsideramos o que existe e nem vamos reinventar a roda. Vamos partir do que temos, e temos muito. Vamos partir do nosso projeto aprovado nas urnas e da Política Nacional de Extensão”, diz. Como medida de longo prazo, a decana planeja desburocratizar o DEX e dar visibilidade às ações feitas. “Precisamos partilhar o que é produzido”.
A decana planeja criar dez frentes extensionistas, nas quais serão organizadas as ações desenvolvidas no DEX. O objetivo é integrar as atividades e estimular o diálogo entre os agentes de extensão. “É uma forma de favorecer um trabalho mais coletivo, mais partilhado. O estímulo se dará por meio de editais específicos para as frentes. Trabalharemos no sentido que assegurar a capacitação para a busca de recursos como forma de garantir que os editais sejam feitos de fato”, detalha.
Entre outras, serão criadas as frentes UnB Bem Viver (incluindo áreas da saúde, lazer e condições de trabalho); Cultura; UnB e Paz; UnB e Movimentos Sociais; Educação; Inovação e Empreendedorismo.
MOVIMENTOS SOCIAIS – “Uma das frentes irá tratar desses setores que são maioria no ponto de vista numérico e que são inferiorizados na nossa sociedade. A frente UnB e Movimentos Sociais vai cuidar das questões de gênero, racial, dos direitos humanos de uma forma geral”.
“Precisamos pensar uma universidade que inclua todos e todas. Que trabalhe na perspectiva da tolerância, do respeito. Mas isso não é discurso. Isso tem de ser feito por meio de ação concreta. Por meio de projetos que oportunizem as vivências, a reflexão por meio desse olhar do que é diferente mas é igual, do ponto de vista do direito, da cidadania. As frentes UnB e Paz e UnB e Movimentos Sociais vão dialogar”, encerra.
Em entrevista à UnBTV, a nova decana falou sobre desafios para os próximos anos, financiamento das ações extensionistas e plano nacional de extensão. Confira íntegra abaixo:
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